A Ciência do Bom Viver - Uma Experiência Mais Alta


A Ciência do Bom Viver - Uma Experiência Mais Alta
A Ciência do Bom Viver - Uma Experiência Mais Alta



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CAPÍTULO 43
Uma Experiência Mais Alta
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Necessitamos constantemente de uma revelação nova de Cristo, de uma experiência diária que ser harmonize com os Seus ensinos. Estão ao nosso alcance resultados altos e santos. Deus deseja que façamos contínuos progressos na ciência e na virtude. Sua lei é um eco de Sua própria voz, fazendo a todos o convite: "Subi mais alto. Sede santos, mais santos ainda." Cada dia podemos avançar no aperfeiçoamento do caráter cristão.

Os que estão consagrados ao serviço do Mestre necessitam de uma experiência mais alta, profunda e ampla, que muitos nem sequer pensam ter. Muitas pessoas que são já membros da grande família de Deus pouco sabem do que quer dizer contemplar Sua glória, e ser mudadas de glória em glória. Muitos possuem uma vaga percepção da excelência de Cristo, e contudo seu coração palpita de alegria. Anseiam por um mais completo e profundo sentimento do amor do Salvador. Que eles nutram todas as aspirações da alma para Deus. O Espírito Santo trabalha aqueles que desejam ser trabalhados, molda os que desejam ser moldados, cinzela os que desejam ser cinzelados. Obtende por vós mesmos a cultura de pensamentos espirituais e santas comunhões. Não vistes ainda senão os primeiros raios do despontar da aurora de Sua glória. À medida que avançardes no conhecimento do Senhor, aprendereis que

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"a vereda dos justos é como a luz da aurora, que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito". Prov. 4:18.

"Tenho-vos dito isso", disse Cristo, "para que a Minha alegria permaneça em vós, e a vossa alegria seja completa." João 15:11.

Jesus via sempre diante dEle o resultado da Sua missão. Sua vida terrena, tão cheia de trabalhos e sacrifícios, era iluminada pelo pensamento de que não seria em vão todo o Seu trabalho. Dando a vida pela vida dos homens, restauraria na humanidade a imagem de Deus. E havia de nos levantar do pó, reformar o caráter segundo o modelo de Seu próprio caráter, e torná-lo belo com Sua própria glória.

Cristo viu os resultados do trabalho de Sua alma e ficou satisfeito. Olhou através da eternidade, e viu a felicidade daqueles que pela Sua humilhação haviam de receber o perdão e a vida eterna. Foi ferido pelas suas transgressões, moído pelas suas iniqüidades. O castigo que lhes havia de trazer a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras seriam sarados. Ele ouvia as exclamações de júbilo dos remidos. Ouvia os resgatados cantando o cântico de Moisés e do Cordeiro. Ainda que devesse primeiro ser recebido o batismo de sangue, ainda que os pecados do mundo devessem pesar sobre a Sua alma inocente, ainda que a sombra de uma indescritível mágoa pairasse sobre Ele; por causa da alegria que O esperava, preferiu sofrer a cruz e desprezou a afronta.

Todos os Seus seguidores devem participar dessa alegria. Por grande e gloriosa que seja a vida futura, nossa recompensa não é inteiramente reservada para o dia da libertação final. Mesmo na Terra, podemos pela fé entrar na alegria do Senhor. Como Moisés, devemos estar firmes como se víssemos o Invisível.

Agora a Igreja é militante. Agora temos de enfrentar um mundo de trevas, quase inteiramente dado à idolatria.

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A Ovelha Perdida

Noventa e nove ovelhas há, seguras no curral,

Mas uma longe se afastou do aprisco pastoral;

A errar nos montes de terror, distante do fiel Pastor,

Distante do fiel Pastor.

"Com tantas outras, bom Pastor, não Te contentarás?"

"A errante é Minha", replicou, "pertence-Me a fugaz.

Vou ao deserto procurar a ovelha que ouço em dor balar,

A ovelha que ouço em dor balar."

Nenhum remido imaginou quão negra escuridão,

Quão fundas águas que passou, trazendo a salvação.

E quando foi pra socorrer, a errante estava a perecer,

A errante estava a perecer.

"Por toda a estrada donde vens, que sangue enxergo ali?"

"Busquei a ovelha com dolor, o sangue Meu verti."

"Ferida vejo a Tua mão." "A angústia encheu-Me o coração,

A angústia encheu-Me o coração."

Vêm da montanha aclamações! É a voz do bom Pastor!

Ressoa em notas triunfais o salmo vencedor!

E os anjos cantam lá nos Céus: "A errante já voltou a Deus,

A errante já voltou a Deus!"

- Elizabeth C. Clephane

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Mas está chegando o dia em que será travada a batalha e ganha a vitória. A vontade de Deus deve ser feita na Terra como o é nos Céus. As nações dos remidos não conhecerão outra lei senão a lei dos Céus. Constituirão todos uma família feliz e unida, revestida com as vestes de louvor e ações de graças - as vestes da justiça de Cristo. Toda a Natureza, em sua arrebatadora formosura, oferecerá a Deus um tributo de louvor e adoração. O mundo será banhado com a luz do Céu. A luz da Lua será como a luz do Sol, e a luz do Sol será sete vezes maior do que é hoje. Os anos decorrerão na alegria. Sobre essa cena, as estrelas da manhã cantarão em uníssono, e os filhos de Deus exultarão de alegria, enquanto Deus e Cristo Se unirão proclamando: "Não haverá mais pecado nem morte."

Estas visões da glória futura, cenas pintadas pela mão de Deus, devem ser amadas pelos Seus filhos.

Detende-vos no limiar da eternidade, e escutai as alegres boas-vindas dadas àqueles que nesta vida cooperaram com Cristo, considerando como privilégio e honra sofrer por Sua causa. Com os anjos, eles lançam suas coroas aos pés do Redentor, exclamando: "Digno é o Cordeiro, que foi morto, de receber o poder, e riquezas, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e ações de graças. ... Ao que está assentado sobre o trono e ao Cordeiro sejam dadas ações de graças, e honra, e glória, e poder para todo o sempre." Apoc. 5:12 e 13.

Aí os remidos saúdam aqueles que os conduziram ao excelso Salvador. Unem-se no louvor dAquele que morreu para que os seres humanos pudessem fruir a vida que se mede com a de Deus. A luta está terminada. Estão no fim todas as tribulações e contendas. Cânticos de vitória reboam pelos Céus inteiros, enquanto os remidos permanecem em volta do trono

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de Deus. Todos entoam o jubiloso coro: "Digno é o Cordeiro, que foi morto" e que nos remiu para Deus. Apoc. 5:12.

"Olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar, de todas as nações, e tribos, e povos, e línguas, que estavam diante do trono e perante o Cordeiro, trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos; e clamavam com grande voz, dizendo: Salvação ao nosso Deus, que está assentado no trono, e ao Cordeiro." Apoc. 7:9 e 10.

"Estes são os que vieram de grande tribulação, lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do Cordeiro. Por isso estão diante do trono de Deus e O servem de dia e de noite no Seu templo; e Aquele que está assentado sobre o trono os cobrirá com a Sua sombra. Nunca mais terão fome, nunca mais terão sede; nem sol nem calma alguma cairá

Santo! Santo! Santo!

Santo! Santo! Santo!

Deus onipotente!

Cedo de manhã cantaremos Teu louvor.

Santo! Santo! Santo! Deus Jeová triúno!

És Deus excelso, nosso Criador.

Santo! Santo! Santo!

Nós os pecadores,

Não podemos ver Tua glória sem tremor.

Tu somente és santo, justo e compassivo,

Puro e perfeito, nosso Redentor.

Santo! Santo! Santo!

Deus onipotente!

Tua criação manifesta o Teu amor.

Antes de criares todo o Céu e a Terra,

Eras e sempre hás de ser, Senhor.

- Reginald Heber

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sobre eles, porque o Cordeiro que está no meio do trono os apascentará e lhes servirá de guia para as fontes das águas da vida; e Deus limpará de seus olhos toda lágrima." Apoc. 7:14-17. "E não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor, porque já as primeiras coisas são passadas." Apoc. 21:4.

Necessitamos conservar constantemente diante de nós este quadro das coisas invisíveis. É assim que nos tornaremos aptos para atribuir um justo valor às coisas da eternidade e às do tempo. É assim que empregaremos nossas faculdades influenciando os outros para uma vida mais santa.

No Monte com Deus

"Sobe a Mim, ao monte", diz-nos Deus. Êxo. 24:12. A Moisés, antes de poder ser o instrumento de Deus na libertação de Israel, foram destinados quarenta anos de comunhão com Ele, na solidão das montanhas. Antes de levar a mensagem de Deus a Faraó, falou com o Anjo na sarça ardente. Antes de receber a lei de Deus como representante de Seu povo, foi chamado ao monte e contemplou a glória divina. Antes de executar justiça contra os idólatras, esteve escondido na fenda da rocha, e o Senhor lhe disse: "Eu... apregoarei o nome do Senhor diante de ti" (Êxo. 33:19), "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade; ... que ao culpado não tem por inocente." Êxo. 34:6 e 7. Antes de abandonar, com a sua vida, a missão de condutor de Israel, chamou-o Deus ao cume do Pisga, e fez passar sob seus olhos a glória da terra prometida.

Antes que os discípulos partissem para a sua missão, foram chamados ao monte com Jesus. Antes do poder e glória do Pentecoste, veio a noite de comunhão com o Salvador,

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o encontro num monte da Galiléia, a cena de despedida sobre o Monte das Oliveiras, com a promessa dos anjos, e os dias de oração e comunhão no cenáculo.

Quando Jesus Se preparava para alguma grande prova ou para alguma obra importante, afastava-Se para a solidão dos montes, e passava a noite orando a Seu Pai. Uma noite de oração precedeu a consagração dos apóstolos e o sermão da montanha, a transfiguração, a agonia da sala do juízo e da cruz, e a glória da ressurreição.

O Privilégio da Oração

Nós também temos de ter um tempo para a meditação e oração, e para receber conforto espiritual. Não apreciamos como devíamos o poder e eficácia da oração. A oração e a fé farão o que nenhum poder da Terra conseguirá realizar. Raramente somos colocados duas vezes nas mesmas circunstâncias sob todos os pontos de vista. Experimentamos continuamente novas cenas e novas provas, onde a experiência passada não pode ser um guia suficiente. Temos de ter a luz perene que vem de Deus.

Cristo envia sempre mensagens aos que estão atentos à Sua voz. Na noite da agonia, no Getsêmani, os discípulos adormecidos não ouviram a voz de Jesus. Tinham um sentimento obscuro da presença dos anjos, mas não se deram conta do poder e glória da cena. Devido ao seu torpor e sonolência, não receberam a evidência que lhes teria fortalecido a alma para as terríveis cenas que ocorreriam. Hoje, da mesma sorte, os que têm mais necessidade da instrução divina não a recebem, muitas vezes, porque não se põem em comunhão com o Céu.

As tentações a que todos os dias estamos expostos fazem da oração uma necessidade. Os perigos nos assaltam em todo caminho. Os que procuram arrebatar os outros do vício e da

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ruína, estão particularmente expostos à tentação. Em constante contato com o mal, necessitam apegar-se fortemente a Deus, para não serem eles mesmos corrompidos. Breves e decisivos são os passos que conduzem os homens de um plano elevado e santo a um nível inferior. Num só momento, podem ser tomadas decisões que determinam o destino eterno. Uma fraqueza por vencer deixa o indivíduo desamparado. Um mau hábito, a que se não resistiu com firmeza, fortalecer-se-á em cadeias de aço, prendendo-o completamente.

O motivo por que tantos são abandonados a si mesmos em lugares de tentação é não terem o Senhor constantemente diante dos olhos. Quando permitimos que nossa comunhão com Deus seja quebrada, ficamos sem defesa. Todos os bons objetivos e boas intenções que tenhais não vos tornarão aptos a resistir ao mal. Deveis ser homens e mulheres de oração. Vossas petições não devem ser débeis, ocasionais e apressadas, mas fervorosas, perseverantes e constantes. Para orar não é necessário que estejais sempre prostrados de joelhos. Cultivai

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o hábito de falar com o Salvador quando sós, quando estais caminhando e quando ocupados com os trabalhos diários. Que vosso coração se eleve de contínuo, em silêncio, pedindo auxílio, luz, força, conhecimento. Que cada respiração seja uma oração.

Como obreiros de Deus, devemos atingir os homens onde eles estão, rodeados de trevas, atolados no vício, manchados pela corrupção. Mas, fixando os olhares sobre Aquele que é o nosso Sol e a nossa proteção, o mal que nos rodeia não manchará nossas vestes. Trabalhando para salvar as almas que estão prestes a perecer, não seremos envergonhados se pusermos confiança em Deus. Cristo no coração, Cristo na vida, eis a nossa segurança. A atmosfera de Sua presença encherá a alma de horror a tudo o que é mau. Nosso espírito pode de tal maneira identificar-se com o Seu, que seremos um com Ele em nossos pensamentos e intenções.

Foi pela fé e oração que Jacó, de homem fraco e pecador, com o auxílio de Deus se tornou um príncipe. É assim que vos podeis tornar homens e mulheres de santo e alto ideal, de vida nobre, homens e mulheres que por motivo nenhum se deixarão transviar da verdade, do direito e da justiça. Sois assaltados por urgentes cuidados, responsabilidades e deveres, mas quanto mais difícil for vossa posição e mais pesadas vossas responsabilidades, tanto mais careceis de Jesus.

É um erro grave negligenciar a adoração pública de Deus. Os privilégios do culto divino não devem ser considerados levianamente. Os que assistem aos doentes encontram-se muitas vezes impossibilitados de desfrutar desses privilégios, mas devem ser cuidadosos em não deixar de freqüentar, sem razão plausível, a casa de oração. Na assistência aos doentes, mais do que em qualquer outra ocupação secular, o bom êxito depende do espírito de consagração e abnegação com que o trabalho é feito. Os que desempenham responsabilidades carecem de se colocar onde

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possam ser profundamente impressionados pelo Espírito de Deus. Mais do que ninguém, deveis ansiar pelo auxílio do Espírito Santo e pelo conhecimento de Deus, tanto mais quanto vossa posição de confiança é de maior responsabilidade que a dos outros. Nada é mais necessário em vossos trabalhos do que os resultados práticos da comunhão com Deus. Devemos mostrar, em nossa vida diária, que temos paz e descanso no Senhor. Essa paz no coração resplandecerá na fisionomia. Imprimirá à voz uma força persuasiva. A comunhão com Deus refletirá no caráter e na vida. Os homens conhecerão em nós, como nos primeiros discípulos, que estivemos com Jesus. Eis o que dá ao obreiro um poder que nada mais será capaz de lhe comunicar. Jamais devemos permitir ser privados de tal poder.Carecemos de viver uma dupla vida - vida de pensamento e de ação, de silenciosa prece e infatigável trabalho. A energia recebida pela comunhão com Deus, unida ao ardente esforço de educar o espírito em hábitos ponderados e cautelosos, preparam para os deveres de cada dia, e conservam o espírito em paz em todas as circunstâncias, ainda as mais adversas.

O Divino Conselheiro

Quando estão em dificuldades, muitos pensam que devem apelar para algum amigo terrestre, contar-lhe suas perplexidades e pedir-lhe socorro. Sob circunstâncias difíceis, a descrença enche-lhes o coração, e o caminho parece sombrio. Contudo, ali está sempre a seu lado o poderoso e eterno Conselheiro convidando-os a depositar nEle sua confiança. Jesus, o que sobre Si levou nossos cuidados, diz-nos: "Vinde a Mim, e encontrareis descanso." Afastar-nos-emos dEle para recorrer a falíveis seres humanos, tão dependentes de Deus como nós próprios?

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Podeis sentir a imperfeição do vosso caráter e a insignificância das vossas capacidades, em comparação com a grandeza da obra. Mas, ainda que tivésseis a maior inteligência, isso não bastaria para vosso trabalho. "Sem Mim nada podereis fazer", diz nosso Senhor e Salvador. João 15:5. O resultado de tudo o que fazemos está nas mãos de Deus. Suceda o que suceder, deponde nEle uma confiança firme e perseverante.

Em vossos negócios, nas amizades das horas de lazer, e na aliança matrimonial, que todas as relações sociais que tiverdes sejam empreendidas com fervorosa e humilde oração. Mostrareis assim que honrais a Deus e Deus vos honrará a vós. Orai quando estiverdes abatidos. Em ocasiões de desânimo, nada digais aos outros; não espalheis sombra no caminho do próximo; mas contai tudo a Jesus. Levantai as mãos em demanda de auxílio. Em vossa fraqueza apegai-vos à força infinita. Suplicai humildade, sabedoria, coragem, aumento de fé, para que possais ver luz na luz de Deus e rejubilar no Seu amor.

Confiança

Quando somos humildes e contritos, estamos onde Deus pode e quer manifestar-Se a nós. Ele Se agrada quando insistimos em que as graças e bênçãos passadas são razão para nos conceder bênçãos maiores. Ultrapassará as expectativas dos que inteiramente nEle confiam. O Senhor Jesus sabe bem o que Seus filhos precisam, quanto de divino poder consagrarão para o bem da humanidade, e Ele nos concede tudo o que empregarmos, beneficiando o próximo e enobrecendo nossa própria vida.

Devemos ter menos confiança no que podemos por nós mesmos fazer, e mais confiança no que o Senhor para nós e por

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nós pode fazer. Não estais empenhados em vossa própria obra, mas sim na de Deus. Submetei-Lhe vossa vontade e vossos desígnios. Não façais uma única reserva, uma única contemporização com vós mesmos. Aprendei o que é ser livres em Cristo.

A simples audição de sermões sábado após sábado, a leitura da Bíblia de ponta a ponta, ou sua explicação verso por verso, não nos aproveitará nem aos que nos ouvem, se não vivermos as verdades da Bíblia em nossa experiência habitual. O entendimento, a vontade e os afetos devem ser submetidos ao domínio da Palavra de Deus. Então, pela obra do Espírito Santo, os preceitos da Palavra se tornarão princípios de vida.

Quando pedis ao Senhor que vos ajude, honrai o Salvador crendo que recebereis Sua bênção. Todo o poder e toda a sabedoria estão à nossa disposição. Nada mais temos a fazer do que pedir.

Andai continuamente na luz de Deus. Meditai dia e noite no Seu caráter. Então vereis Sua beleza e exultareis em Sua bondade. Vosso coração se abrasará com o sentimento do Seu amor. Sereis erguidos, como se fôsseis transportados por braços eternos. Com o poder e luz que Deus concede, podeis compreender e realizar mais do que antes julgáveis possível.

"Estai em Mim"

Cristo diz-nos: "Estai em Mim, e Eu, em vós; como a vara de si mesma não pode dar fruto, se não estiver na videira, assim também vós, se não estiverdes em Mim. ... Quem está em Mim, e Eu nele, esse dá muito fruto, porque sem Mim nada podereis fazer. Se vós estiverdes em Mim, e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito. Nisto é glorificado Meu Pai: que deis muito fruto; e assim sereis Meus discípulos." João 15:4, 5, 7 e 8.

"Como o Pai Me amou, também Eu vos amei a vós; permanecei no Meu amor." João 15:9.

"Não Me escolhestes vós a Mim, mas Eu vos escolhi a vós, e vos nomeei, para que vades e deis fruto, e o vosso fruto

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permaneça, a fim de que tudo quanto em Meu nome pedirdes ao Pai Ele vos conceda." João 15:16.

"Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a Minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele, comigo." Apoc. 3:20.

"Ao que vencer darei Eu a comer do maná escondido e dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe." Apoc. 2:17.

"Ao que vencer... dar-lhe-ei a estrela da manhã" (Apoc. 2:26 e 28), "e escreverei sobre ele o nome do Meu Deus e o nome da cidade do Meu Deus, ... e também o Meu novo nome." Apoc. 3:12.

"Uma Coisa Faço"

Aquele que tem confiança em Deus estará apto a dizer com Paulo: "Posso todas as coisas nAquele que me fortalece." Filip. 4:13. Quaisquer que tenham sido os erros ou insucessos do passado, podemos, com o auxílio de Deus, levantar-nos acima deles. Podemos dizer com o Apóstolo:

"Uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que atrás ficam e avançando para as que estão diante de Mim, prossigo para o alvo, pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus." Filip. 3:13 e 14.

A Ciência do Bom Viver - Desenvolvimento e Serviço


A Ciência do Bom Viver - Desenvolvimento e Serviço
A Ciência do Bom Viver - Desenvolvimento e Serviço



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CAPÍTULO 42
Desenvolvimento e Serviço
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A Vida cristã é mais importante do que muitos crêem. Não consiste somente em delicadeza, paciência, doçura e bondade. São essenciais estas graças; mas há também necessidade de coragem, força, energia e perseverança. O caminho que Cristo nos traça é um caminho estreito e exige abnegação. Para entrar nesse caminho, e passar pelas dificuldades e desânimos, requerem-se homens fortes.

Força de Caráter

Precisam-se de homens de fibra, homens que não estejam à espera de ver seu caminho aplanado e removidos todos os obstáculos; homens que alentem com zelo novo os desfalecidos esforços dos trabalhadores desanimados, e cujo coração esteja inflamado de amor cristão e cujas mãos sejam fortes para a obra do Senhor.

Alguns dos que se entregam ao serviço missionário são fracos, sem energia, sem entusiasmo e facilmente desanimáveis. Falta-lhes a iniciativa. Não têm aqueles positivos traços de caráter que dão a força para fazer alguma coisa - o espírito e energia que iluminam o entusiasmo. Aqueles que desejam o sucesso devem ser corajosos e otimistas. Devem cultivar não só as virtudes passivas, mas as ativas. Respondendo com doçura, para

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afastar a ira, devem possuir a coragem de um herói para resistir ao mal. Com a caridade que tudo suporta, carecem de força de caráter para que sua influência exerça um poder positivo.

Algumas pessoas não têm firmeza de caráter. Seus planos e objetivos não têm uma forma definida, nem consistência. São de muito pouca utilidade prática no mundo. Esta fraqueza, indecisão e ineficácia deve ser vencida. Há no verdadeiro caráter cristão uma indomabilidade que não pode ser adaptada nem submetida por circunstâncias adversas. Devemos ter fibra moral, uma integridade que não ceda à lisonja, nem à corrupção, nem às ameaças.

Deus deseja que aproveitemos todas as oportunidades de assegurar uma preparação para a Sua obra. Espera que Lhe submetamos todas as nossas energias, e conservemos o coração atento à sua santidade e responsabilidades terríveis.

Muitos dos que são classificados para fazer um trabalho excelente obtêm pouco porque pouco empreendem. Muitos atravessam a vida como se não tivessem nenhum grande objetivo, nenhum ideal a atingir. Uma das razões por que tal sucede é avaliarem-se abaixo de seu valor real. Cristo pagou um infinito preço por nós, e deseja que nos mantenhamos à altura do preço que custamos.

Não vos contenteis em atingir um ideal baixo. Não somos o que poderíamos ser e o que Deus quer que sejamos. Deus concedeu-nos faculdades de raciocínio, não para que fiquem inativas ou sejam pervertidas por ocupações terrenas e sórdidas, mas para que sejam desenvolvidas ao máximo, refinadas, santificadas, enobrecidas e empregadas no avanço dos interesses de Seu reino.

Ninguém deve consentir em ser uma simples máquina, acionada pelo espírito de outro homem. Deus nos concedeu poder para pensar e agir, e é agindo com cuidado, pedindo-Lhe

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sabedoria, que podemos tornar-nos aptos a desempenhar posições de responsabilidade. Mantende-vos na personalidade que recebestes de Deus. Não sejais a sombra de outra pessoa. Esperai que o Senhor opere em vós, convosco e por vós.

Nunca penseis que já aprendestes o suficiente, e que podeis afrouxar agora vossos esforços. O espírito cultivado é a medida do homem. Vossa educação deve continuar através da vida inteira; deveis aprender todos os dias, e pôr em prática os conhecimentos adquiridos.

Lembrai-vos que em qualquer posição em que servirdes estais revelando motivos, desenvolvendo o caráter. Seja qual for vosso trabalho, fazei-o com exatidão, com diligência; vencei a inclinação de procurar uma ocupação fácil.

O mesmo espírito e princípios que animam o trabalho de cada dia irão se manifestar através de toda a vida. Os que desejam apenas uma quantidade determinada de trabalho e um salário fixo, e que procuram encontrar um emprego exatamente adaptado às suas aptidões, sem a necessidade de se preocupar em adquirir novos conhecimentos e em aperfeiçoar-se, não são os que Deus chama a trabalhar em Sua causa. Os que procuram dar o menos possível de suas forças físicas, espirituais e morais não são os trabalhadores sobre quem derramará abundantes bênçãos. Seu exemplo é contagioso. O interesse próprio é seu móvel supremo. Os que necessitam ser vigiados e trabalham apenas quando cada dever lhes é especificado não pertencem ao número dos que serão chamados bons e fiéis. Precisam-se obreiros que manifestem energia, integridade, diligência, e que estejam prontos a colaborar no que seja necessário que façam.

"Porque já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre, para que, pela Sua pobreza, enriquecêsseis." II Cor. 8:9.

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Muitos tornam-se inúteis fugindo a responsabilidades com receio de insucesso. Deixam assim de adquirir a educação que provém das lições da experiência, e que a leitura ou estudo e quaisquer outras vantagens ganhas não lhes podem dar.

O homem pode moldar as circunstâncias, mas não deve permitir que as circunstâncias o moldem. Devemos aproveitá-las como instrumentos de trabalho; sujeitá-las, mas não deixar que elas nos sujeitem.

Os homens de energia são aqueles que sofreram a oposição, o escárnio e os obstáculos. Pondo suas energias em ação, os obstáculos que encontram constituem para eles positivas bênçãos. Ganham confiança em si mesmos. Os conflitos e perplexidades provocam o exercício da confiança em Deus, e aquela firmeza que desenvolve a força.

Cristo não fez um serviço limitado. Não mediu o trabalho por horas. Seu tempo, Seu coração, Sua alma e força foram dadas ao trabalho para o bem da humanidade. Passava os dias em trabalho fatigante; transcorria longas noites prostrado em oração, pedindo graça e paciência para poder fazer um trabalho mais amplo. Com fortes gemidos e lágrimas, dirigia Suas petições ao Céu, para que fosse fortalecida a Sua natureza humana, a fim de poder estar preparado a lutar contra o inimigo e fortalecido para cumprir a missão de melhorar a humanidade. Cristo disse aos Seus obreiros: "Eu vos dei o exemplo, para que, como Eu vos fiz, façais vós também." João 13:15.

"O amor de Cristo nos constrange", dizia Paulo. II Cor. 5:14. Tal era a norma que dirigia a sua conduta. Se alguma vez seu ardor no caminho do dever enfraquecia por momentos, um olhar para a cruz lhe fazia cingir de novo os rins do seu entendimento (Isa. 11:5), e o impelia no caminho da abnegação. Nos trabalhos pelos irmãos, contava com a manifestação de infinito amor do sacrifício de Cristo, com o seu poder de subjugar e convencer os corações.

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Quão vibrante e tocante é o apelo: "Já sabeis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, por amor de vós Se fez pobre, para que, pela Sua pobreza, enriquecêsseis." II Cor. 8:9. Sabeis a altura de que Ele desceu, a profundeza de humilhação a que Se sujeitou; Seus pés caminharam na senda do sacrifício, e não se apartaram dela até que deu Sua vida. Para Ele não houve descanso entre o trono do Céu e a cruz. Seu amor pelo homem levou-O a aceitar todas as indignidades e a suportar todos os abusos.

Paulo admoesta-nos que "não atende cada um para o que é propriamente seu, mas cada qual também para o que é dos outros". Filip. 2:4. Pede-nos que possuamos o sentimento "que houve também em Cristo Jesus, que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus. Mas aniquilou-Se a Si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-Se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-Se a Si mesmo, sendo obediente até à morte e morte de cruz". Filip. 2:5-8.

Paulo ansiava profundamente que a humilhação de Cristo fosse vista e compreendida. Estava convencido de que se os homens pudessem ser conduzidos a considerar o sacrifício estupendo feito pela Majestade do Céu, o egoísmo seria banido dos corações. O apóstolo se detém demoradamente sobre ponto após ponto, para que possamos compreender de alguma sorte a maravilhosa condescendência do Salvador a favor dos pecadores. Ele dirige primeiro a atenção para a posição que Jesus Cristo ocupava nos Céus, no seio do Pai; revela-O em seguida renunciando à Sua glória, sujeitando-Se voluntariamente às condições humildes da vida humana, assumindo as responsabilidades de servo, e tornando-Se obediente até à morte mais ignominiosa e revoltante e a mais penosa - a morte de cruz. Podemos nós contemplar esta maravilhosa manifestação do amor de Deus sem gratidão e amor e o profundo sentimento do fato de que nos não pertencemos a nós próprios? Tal

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Mestre não deveria ser servido por motivos interesseiros e egoístas.

Sabei, diz Pedro, "que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados". I Ped. 1:18. Oh, se isso bastasse para conseguir a salvação do homem, quão facilmente podia ter sido realizada por Aquele que disse: "Minha é a prata, e Meu é o ouro." Ageu 2:8. Mas o pecador não podia ser resgatado senão pelo sangue precioso do Filho de Deus. Aqueles que, deixando de apreciar este sacrifício maravilhoso, se eximem do serviço de Cristo, perecerão no seu egoísmo.

Sinceridade de Propósito

Na vida de Cristo, tudo era subordinado à Sua obra, à obra de redenção que Ele veio cumprir. A mesma consagração, renúncia e sacrifício, a mesma submissão às prescrições da Palavra de Deus, devem ser manifestadas em Seus discípulos.

Todo o que aceita a Cristo como seu Salvador pessoal ansiará pelo privilégio de servir a Deus. Contemplando o que o Céu fez por ele, seu coração enche-se de amor sem limites e de rendida gratidão. Está ansioso por manifestar seu reconhecimento, consagrando suas faculdades ao serviço de Deus. Suspira por mostrar amor a Cristo e aos Seus remidos. Ambiciona trabalhos, dificuldades, sacrifícios.

O verdadeiro obreiro na causa de Deus fará o melhor, pois que assim fazendo pode glorificar seu Mestre. Procederá retamente a fim de respeitar as reivindicações de Deus. Esforçar-se-á por melhorar todas as suas faculdades. Cumprirá cada dever com os olhos em Deus. Seu único desejo será que Cristo possa receber homenagem e perfeito serviço.

Há um quadro representando um boi parado entre um arado e um altar, com a seguinte inscrição: "Pronto para um ou para outro", pronto para o trabalho do campo ou para ser oferecido sobre o altar do sacrifício. Tal é a posição do verdadeiro filho de Deus - pronto para ir aonde o dever o chama, negar-se a si mesmo, sacrificar-se pela causa do Redentor.

A Ciência do Bom Viver - Auxílio na Vida Diária


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A Ciência do Bom Viver - Auxílio na Vida Diária



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CAPÍTULO 40
Auxílio na Vida Diária
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VIII. As Necessidades do Trabalhador

"Sobe a Mim a este Monte." Deut. 10:1.

Auxílio na Vida Diária

Há uma eloqüência mais poderosa do que a eloqüência de meras palavras na tranqüila e coerente vida do puro e verdadeiro cristão. O que o homem é tem mais influência do que o que ele diz.

Os guardas que haviam sido enviados a Jesus voltaram dizendo que jamais homem algum tinha falado como Ele. Mas o segredo estava em que jamais homem algum tinha vivido como Ele viveu. Tivesse sido outra a Sua vida e não poderia ter falado como falou. Suas palavras traziam consigo força convincente, porque brotavam de um coração puro e santo, cheio de amor e simpatia, benevolência e verdade.

É nosso caráter e experiência que determinam nossa influência sobre o próximo. A fim de convencer os outros acerca do poder da graça de Cristo, devemos ter experimentado o Seu poder em nosso próprio coração e vida. O Evangelho que apresentamos para a salvação das almas deve ser o Evangelho pelo qual nós mesmos sejamos salvos. Só por uma fé viva em Cristo como Salvador pessoal é que se torna possível fazer sentir nossa influência num mundo incrédulo. Se queremos retirar os

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pecadores da impetuosa corrente, devemos firmar os pés sobre a Rocha, Jesus Cristo.

A divisa do cristianismo não é um sinal exterior; não consiste em trazer uma cruz ou coroa, mas sim em tudo o que revela a união do homem com Deus. Pelo poder da Sua graça manifestado na transformação do caráter, o mundo será convencido de que Deus enviou Seu Filho como Redentor. Nenhuma influência que possa rodear a alma tem mais poder do que a de uma vida abnegada. O mais forte argumento em favor do evangelho é um cristão que sabe amar e é amável.

A Disciplina da Prova

Para viver tal vida, para exercer tal influência, requer-se, a cada passo, esforço, abnegação e disciplina. É porque assim não compreendem que muitos tão facilmente desanimam na vida cristã. Muitos que sinceramente consagram a vida ao serviço de Deus ficam surpresos e desiludidos ao encontrar-se, como nunca, rodeados de obstáculos e assediados por provas e perplexidades. Oram para que seu caráter se assemelhe ao de Cristo e se tornem aptos para a obra do Senhor, e contudo são postos em circunstâncias que parecem provocar toda a malícia de sua natureza. São-lhes reveladas faltas, de cuja existência jamais haviam suspeitado. Como o Israel de outrora, perguntam: "Se Deus nos conduz, por que nos sucedem todas estas coisas?"

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis." I Ped. 4:12 e 13.

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É justamente porque Deus os conduz que estas coisas lhes sucedem. As provas e obstáculos são os métodos de disciplina escolhidos pelo Senhor e as condições de bom êxito que nos apresenta. Ele, que lê o coração dos homens, conhece melhor do que eles mesmos o seu caráter. Vê que alguns têm faculdades e possibilidades que, bem dirigidas, podiam ser empregadas no avanço de Sua obra. Em Sua providência, Deus colocou estas pessoas em diferentes situações e variadas circunstâncias a fim de que possam descobrir, em seu caráter, defeitos que a eles próprios estavam ocultos. Dá-lhes oportunidade de corrigirem tais defeitos e de se tornarem aptos para O servir. Permite por vezes que o fogo da aflição os assalte, a fim de que sejam purificados.

O fato de sermos chamados a suportar a prova mostra que o Senhor Jesus vê em nós alguma coisa de precioso que deseja desenvolver. Se nada visse em nós que pudesse glorificar Seu nome, não desperdiçaria tempo a depurar-nos. Não lança pedras sem valor na Sua fornalha. É o minério precioso que Ele depura. O ferreiro põe o ferro e aço no fogo, a fim de provar que qualidade de metais são. O Senhor permite que Seus eleitos sejam postos na fornalha da aflição para lhes provar a têmpera e ver se podem ser formados para a Sua obra.

O oleiro toma o barro e molda-o segundo lhe apraz. Amassa-o e trabalha-o. Divide-o e volta a juntá-lo. Umedece-o e depois seca-o. Deixa-o em seguida durante algum tempo sem lhe tocar. Quando está perfeitamente maleável, prossegue na

"A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento." Prov. 4:7.

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tarefa de fazer dele um vaso. Molda-o numa forma, e alisa-o e pule-o em volta. Seca-o ao sol e coze-o no forno. Torna-se então um vaso apto para servir. Do mesmo modo, o Supremo Artista deseja moldar-nos e formar-nos. E como o barro está nas mãos do oleiro, assim estamos nós em Suas mãos. Não procuremos fazer a obra do oleiro; compete-nos simplesmente deixar-nos moldar pelo Supremo Artífice.

"Amados, não estranheis a ardente prova que vem sobre vós, para vos tentar, como se coisa estranha vos acontecesse; mas alegrai-vos no fato de serdes participantes das aflições de Cristo, para que também na revelação da Sua glória vos regozijeis e alegreis." I Ped. 4:12 e 13.

À plena luz do dia, e ouvindo a música de outras vozes, o pássaro engaiolado não aprenderá a canção que o dono procure ensinar-lhe. Aprende um fragmento desta, um trilo daquela, mas nunca uma melodia determinada e completa. Eis porém que o dono cobre a gaiola e a coloca onde o pássaro não ouvirá senão o canto que se lhe pretende ensinar. Nas trevas, o pássaro tenta, tenta de novo, modular aquele canto, até que por fim o entoa em perfeita melodia. Pode então sair o pássaro da obscuridade e voltar à luz: não esquecerá jamais a melodia que se lhe ensinou. É assim que Deus procede com os Seus filhos. Ele tem um canto para nos ensinar, e quando o houvermos aprendido no meio das sombras da aflição, poderemos cantá-lo para sempre.

Muitos estão insatisfeitos com a sua profissão. Encontram-se talvez num meio incompatível; seu tempo é ocupado em trabalho vulgar, quando seriam, pensam eles, competentes para responsabilidades mais elevadas; por vezes seus esforços parecem-lhes não apreciados ou estéreis; e o futuro apresenta-se-lhes incerto.

Lembremo-nos que nosso trabalho, ainda que o não tenhamos escolhido, deve ser aceito como tendo sido escolhido por Deus para nós. Seja ele agradável ou não, temos obrigações

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de cumprir o dever que se nos apresenta. "Tudo quanto te vier à mão para fazer, faze-o conforme as tuas forças, porque na sepultura, para onde tu vais, não há obra, nem indústria, nem ciência, nem sabedoria alguma." Ecl. 9:10.

Se o Senhor deseja que levemos uma mensagem a Nínive, não Lhe será agradável que vamos a Jope ou a Cafarnaum. Ele tem motivos para nos enviar aonde nossos passos foram dirigidos. Talvez lá houvesse alguém em necessidade do auxílio que lhe poderíamos prestar. Ele que enviou Filipe ao ministro etíope, Pedro ao centurião romano, e a menina israelita em auxílio de Naamã, o capitão sírio, envia hoje homens, mulheres e jovens como Seus representantes àqueles que têm necessidade de ajuda e guia divinas.

Os Planos de Deus São os Melhores

Nossos planos nem sempre são os planos de Deus. Ele pode ver que vale mais para nós e para a Sua causa recusar nossas melhores intenções, como fez no caso de Davi. Mas de uma coisa podemos estar certos: é de que abençoará e empregará no avanço da Sua causa aqueles que sinceramente se consagram à Sua glória, com tudo o que possuem. Se vir que é melhor não atender os desejos, compensará a recusa dando-lhes provas do Seu amor e confiando-lhes outro serviço.

Em Sua amorosa solicitude e interesse para conosco, Ele que nos compreende melhor do que nós próprios, permite-nos, por vezes, que procuremos egoistamente satisfazer nossa ambição. Não tolera que omitamos os deveres caseiros, mas sagrados, que junto de nós nos aguardam. Muitas vezes, estes deveres proporcionam a educação essencial à nossa preparação para uma obra mais elevada. Nossos planos são com freqüência frustrados, a fim de que sejam cumpridos os planos de Deus a nosso respeito.

Nunca somos chamados a fazer um sacrifício real para Deus. Pede que Lhe submetamos muitas coisas, mas fazendo-o não abandonamos senão o que nos impediria na marcha para o Céu. Mesmo quando chamados a abandonar coisas boas em si

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mesmas, podemos estar seguros de que Deus nos está assim preparando algum bem maior.

Na vida futura, os mistérios que aqui nos inquietaram e desapontaram serão esclarecidos. Veremos que as orações na aparência desatendidas e as esperanças frustradas tem lugar entre as nossas maiores bênçãos.

Devemos considerar como sagrado cada dever, ainda que humilde, porque faz parte do serviço de Deus. Nossa oração de cada dia devia ser: "Senhor, ajuda-me a fazer o melhor que possa. Ensina-me a fazer melhor trabalho. Dá-me energia e ânimo. Faze que eu manifeste na minha vida o amoroso serviço do Salvador."

Uma Lição da Vida de Moisés

Considerai a experiência de Moisés. A educação que recebera no Egito como neto do rei e futuro herdeiro do trono era esmerada. Nada se omitiu do que se imaginava poder fazê-lo um sábio, segundo a maneira pela qual os egípcios entendiam a sabedoria. Recebeu a mais elevada educação civil e militar. Sentia que estava perfeitamente preparado para a missão de libertar da escravidão a Israel. Mas Deus julgou doutra maneira. Sua providência destinou a Moisés quarenta anos de experiência no deserto como pastor de ovelhas.

A educação que Moisés recebera no Egito foi-lhe de grande auxílio sob muitos pontos de vista; mas a preparação mais valiosa para o trabalho de sua vida foi a que recebeu quando empregado como pastor. Moisés tinha por natureza um espírito impetuoso. No Egito, como bem-sucedido chefe militar e favorito do rei e da nação, estava acostumado a receber louvor e adulação. Tinha atraído o povo para si. Esperava realizar por suas próprias forças a obra da libertação de Israel. Muito diferentes eram as lições que, como representante de Deus, devia receber. Conduzindo seus rebanhos pelas montanhas selvagens e pelos verdes pastos dos vales, aprendeu a fé, a mansidão, a paciência, humildade e abnegação. Aprendeu a cuidar dos

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fracos, tratar dos doentes, procurar os transviados, suportar os turbulentos, vigiar os cordeiros e alimentar os velhos e débeis.

Nessa obra, Moisés era atraído para mais perto do Bom Pastor. Tornava-se intimamente unido ao Santo de Israel. Não projetou mais fazer uma grande obra. Procurava fielmente cumprir, como sob o olhar de Deus, a obra a ele confiada. Via a presença de Deus em tudo que o rodeava. A Natureza inteira lhe falava do Ser invisível. Reconhecia-O como Deus pessoal, e meditando sobre Seu caráter compenetrava-se mais e mais do sentimento de Sua presença. Encontrava refúgio nos braços eternos.

Após essa experiência, Moisés ouviu a ordem do Céu para trocar o cajado de pastor pela vara da autoridade; deixar o rebanho de ovelhas e encarregar-se da condução de Israel. O divino mandato encontrou-o desconfiado de si próprio, tardo na fala, e tímido. Estava estupefato pelo sentimento da sua inaptidão para ser o porta-voz de Deus. Mas aceitou essa obra depondo inteira confiança no Senhor. A grandeza dessa missão pôs em exercício as mais altas faculdades de seu espírito. Deus abençoou a sua pronta obediência, e Moisés tornou-se eloqüente, esperançoso e de espírito equilibrado, preparado para a maior obra jamais confiada aos homens. Dele foi escrito: "E nunca mais se levantou em Israel profeta algum como Moisés, a quem o Senhor conhecera face a face." Deut. 34:10.

"Porque nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz; a um abate e a outro exalta." Sal. 75:6 e 7.

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Os que têm a impressão de que seu trabalho não é apreciado e que desejam uma posição de maior responsabilidade considerem que: "Nem do Oriente, nem do Ocidente, nem do deserto vem a exaltação. Mas Deus é o Juiz; a um abate e a outro exalta." Sal. 75:6 e 7. Cada homem tem o seu lugar no plano eterno do Céu. Ocuparmos esse lugar, depende de nossa fidelidade em cooperar com Deus.

Necessitamos evitar a compaixão de nós mesmos. Nunca alimenteis a impressão de que não sois estimados como deveríeis, que os vossos esforços não são apreciados e que o vosso trabalho é demasiado penoso. A lembrança de que Jesus sofreu por nós reduza ao silêncio todo o pensamento de murmuração. Somos tratados melhor do que foi nosso Senhor. "E procuras tu grandezas? Não as busques." Jer. 45:5. O Senhor não dá lugar na Sua obra aos que têm maior desejo de alcançar a coroa do que de transportar a cruz. Deseja homens que pensem mais em cumprir o dever do que em receber

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recompensas - homens que sejam mais amantes dos princípios do que de promoção.

Os que são humildes, e fazem seu trabalho como diante de Deus, podem não ter tanta aparência como os que estão cheios de agitação e importância própria; mas seu trabalho vale mais. Muitas vezes, os que fazem grande demonstração chamam a atenção para si mesmos, interpondo-se entre os homens e Deus, e seu trabalho experimenta insucesso. "A sabedoria é a coisa principal; adquire, pois, a sabedoria; sim, com tudo o que possuis, adquire o conhecimento. Exalta-a, e ela te exaltará; e, abraçando-a tu, ela te honrará." Prov. 4:7 e 8.

Porque não têm a determinação de se dominar e reformar, muitos tornam-se estereotipados numa errada maneira de agir. Mas não deve ser assim. Podem cultivar suas faculdades de maneira a produzirem a melhor espécie de trabalho, e então serão continuamente procurados. Serão apreciados segundo o seu valor.

Se alguns são classificados para uma posição mais alta, o Senhor deporá o fardo, não apenas sobre eles mas sobre aqueles que o escolheram, que conhecem seu valor e que podem com conhecimento de causa incentivá-lo para a frente. São os que cumprem fielmente o trabalho que lhes é designado dia a dia que na ocasião oportuna ouvirão de Deus: "Sobe para mais alto."

Enquanto os pastores estavam vigiando seus rebanhos nas colinas de Belém, os anjos do Céu visitaram-nos. Da mesma sorte hoje, enquanto o humilde trabalhador por Deus cumpre seu trabalho, os anjos de Deus estão ao seu lado, ouvindo suas palavras, notando o modo como seu trabalho é feito, para ver se podem ser confiadas às suas mãos responsabilidades mais amplas.

Não é pelas riquezas, educação ou posição que Deus avalia os homens. Avalia-os pela sua pureza de intenção e formosura de caráter. Olha para averiguar em que medida possuem

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o Seu Espírito, e até que ponto sua vida revela semelhança com a Sua. Para ser grande no reino de Deus, é preciso ser como a criancinha, em humildade, simplicidade de fé e pureza de amor.

"Bem sabeis", disse Cristo, "que pelos príncipes dos gentios são estes dominados e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser, entre vós, fazer-se grande, seja vosso serviçal." Mat. 20:25 e 26.

Entre todos os dons que o Céu pode conceder aos homens, a comunhão com Cristo em Seus sofrimentos é o que traz maior peso de esperança e mais elevada honra. Nem Enoque, que foi trasladado ao Céu, nem Elias, que subiu num carro de fogo, foram maiores nem mais honrados do que João Batista, que pereceu, sozinho, num cárcere. "A vós vos foi concedido, em relação a Cristo, não somente crer nEle, como também padecer por Ele." Filip. 1:29.

Planos para o Futuro

Muitos são incapazes de fazer planos definidos para o futuro. Sua vida é incerta. Não podem discernir o termo dos acontecimentos, e isso enche-os por vezes de ansiedade e inquietação. Lembremo-nos de que a vida dos filhos de Deus no mundo é uma vida de peregrinos. Não temos sabedoria suficiente para planejar nossa vida. Não nos compete determinar o futuro. "Pela fé, Abraão, sendo chamado, obedeceu, indo para

"Porque o Senhor Deus é um Sol e escudo; o Senhor dará graça e glória; não negará bem algum aos que andam na retidão." Sal. 84:11.

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um lugar que havia de receber por herança; e saiu, sem saber para onde ia." Heb. 11:8.

Cristo, na Sua vida sobre a Terra, não fez planos para Si mesmo. Aceitou os planos de Deus a Seu respeito, e dia após dia o Pai lhos fazia conhecer. De tal maneira devíamos depender de Deus, que nossa vida pudesse ser a simples realização de Sua vontade. Confiando-Lhe nossos caminhos, Ele dirigirá nossos passos.

Muitos, planejando um futuro brilhante, sofrem um desastre completo. Deixai que Deus faça os Seus planos para vós. Como criancinhas, confiai-vos à guia dAquele que "guarda os pés dos Seus santos". I Sam. 2:9. Deus não conduz jamais Seus filhos de maneira diferente da que eles escolheriam se pudessem ver o fim desde o princípio, e discernir a glória do propósito que estão realizando como Seus colaboradores.

A Recompensa

Quando Cristo chamou os discípulos para O seguirem, não lhes ofereceu nenhuma perspectiva sedutora nesta vida. Não lhes fez promessas de ganho, nem de honras mundanas, e eles, por sua vez, nada estipularam quanto ao que haviam de receber. A Mateus, quando estava sentado na alfândega, o Salvador disse: "Segue-Me. E ele, deixando tudo, levantou-se e O Seguiu." Luc. 5:27 e 28. Mateus não pediu, antes de prestar seus serviços, um salário certo, igual à quantia recebida na sua precedente

"Portanto, és inescusável quando julgas, ó homem, quem quer que sejas, porque te condenas a ti mesmo naquilo em que julgas a outro; pois tu, que julgas, fazes o mesmo." Rom. 2:1.

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ocupação. Sem questionar nem hesitar, seguiu a Jesus. Bastava-lhe poder estar com o Salvador, a fim de ouvir Suas palavras e de se unir à Sua obra.

O mesmo sucedera com os discípulos anteriormente chamados. Quando Jesus pediu a Pedro e seus companheiros que O seguissem, imediatamente abandonaram seus barcos e redes. Alguns desses discípulos tinham amigos que contavam com eles para a sua subsistência, mas, quando receberam o convite do Salvador, não hesitaram nem inquiriram: "Como viverei e sustentarei minha família?" Foram obedientes ao chamado; e quando mais tarde Jesus lhes perguntou: "Quando vos mandei sem bolsa, alforje ou sandálias, faltou-vos, porventura, alguma coisa? Eles responderam: Nada." Luc. 22:35.

Hoje o Salvador chama-nos para a Sua obra como chamou Mateus e João e Pedro. Se nosso coração estiver tocado pelo Seu amor, a questão da recompensa não será a mais importante para o nosso espírito. Regozijar-nos-emos por ser colaboradores de Cristo e não recearemos contar com Sua solicitude. Se fizermos de Deus a nossa força, teremos clara percepção do dever, e aspirações desinteressadas; nossa existência será movida por um nobre ideal, que nos levantará acima dos motivos sórdidos.

Deus Proverá

Muitos que professam seguir a Cristo têm um coração ansioso e inquieto porque receiam confiar-se a Deus. Não se entregam

"Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte." II Cor. 12:10.

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completamente a Ele, porque temem as conseqüências que tal entrega possa implicar. Enquanto não fizerem esta entrega, não podem encontrar paz.

Há muitos cujo coração está oprimido sob o peso de cuidados, porque procuram fazer como o mundo. Escolheram seu serviço, aceitaram suas perplexidades, adotaram seus costumes. Assim, seu caráter é deformado e sua vida torna-se fatigante. As preocupações contínuas esgotam as forças da vida. Nosso Senhor deseja que se libertem deste jugo de escravidão. Convida-os a aceitar o Seu jugo, dizendo: "O Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve." Mat. 11:30. A inquietude é cega, e não pode discernir o futuro; mas Jesus vê o fim desde o princípio. Para cada dificuldade, tem já preparado um alívio: "Não negará bem algum aos que andam na retidão." Sal. 84:11.

Nosso Pai celeste tem mil maneiras de nos prover as necessidades, das quais nada sabemos. Os que aceitam como princípio dar lugar supremo ao serviço de Deus verão desvanecidas as perplexidades e terão caminho plano diante de si.

Fé Animadora

O cumprimento fiel dos deveres de hoje é a melhor preparação para as provas de amanhã. Não penseis em toda as dificuldades e cuidados de amanhã, ajuntando-os ao fardo de hoje. "Basta a cada dia o seu mal." Mat. 6:34.

Tenhamos esperança e ânimo. O desânimo no serviço de Deus é pecaminoso e desarrazoado. Deus conhece as nossas necessidades. À onipotência de Rei dos reis, nosso fiel Deus une a amabilidade e solicitude de Bom Pastor. Seu poder é absoluto e constitui a garantia do seguro cumprimento de Suas promessas para todos os que nEle confiam. Há meios para remover toda a dificuldade, a fim de que os que O servem e respeitam as providências que Ele emprega possam receber

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auxílio. Seu amor sobrepuja qualquer outro amor, na proporção em que os céus são mais altos do que a Terra. Vela sobre Seus filhos com um amor que é incomensurável e eterno.

Nos dias mais sombrios, quando as aparências se mostram mais adversas, tende fé em Deus. Está cumprindo Sua vontade, fazendo todo o bem em auxílio de Seu povo. A força dos que O amam e servem será renovada dia após dia.

Pode e quer conceder a Seus servos todo o socorro de que carecem. Dar-lhes-á a sabedoria que suas variadas necessidades requerem.

Escreveu o experimentado apóstolo Paulo: "E disse-me: A Minha graça te basta, porque o Meu poder se aperfeiçoa na fraqueza. De boa vontade, pois, me gloriarei nas minhas fraquezas, para que em mim habite o poder de Cristo. Pelo que sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo. Porque, quando estou fraco, então, sou forte." II Cor. 12:9 e 10.

A Ciência do Bom Viver - Em Contato com os Outros


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CAPÍTULO 41
Em Contato com os Outros
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Todas as relações sociais exigem o exercício do domínio próprio, paciência e simpatia. Diferimos tanto uns dos outros em disposições, hábitos e educação, que variam entre si nossas maneiras de ver as coisas. Julgamos diferentemente. Nossa compreensão da verdade, nossas idéias em relação à conduta de vida não são idênticas sob todos os pontos de vista. Não há duas pessoas cuja experiência seja igual em cada particular. As provas de uma não são as provas de outra. Os deveres que para uma se apresentam como leves são para outra mais difíceis e inquietantes.

Tão fraca, ignorante e sujeita ao erro é a natureza humana que todos devemos ser cautelosos na maneira de julgar o próximo. Pouco sabemos da influência de nossos atos sobre a experiência dos outros. O que fazemos ou dizemos pode parecer-nos de pouca importância, quando, se nossos olhos se abrissem, veríamos que daí resultam as mais importantes conseqüências para o bem ou para o mal.

Consideração Pelos que Têm Responsabilidades

Muitas pessoas têm tão poucos encargos, seu coração tem experimentado tão pouco as angústias reais, sentido tão pouca perplexidade e preocupação em auxiliar o próximo, que não

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podem compreender o trabalho de quem tem verdadeira responsabilidade. São tão incapazes de apreciar seus trabalhos como a criança de compreender os cuidados e fadigas do preocupado pai. A criança admira-se dos temores e perplexidades do pai: parecem-lhe inúteis. Mas quando os anos de experiência forem acrescentados à sua vida, quando tiver de carregar as próprias responsabilidades, olhará de novo para a vida do pai, e compreenderá então o que outrora lhe era incompreensível. A amarga experiência deu-lhe o conhecimento.

A obra de muitas pessoas que têm responsabilidades não é compreendida, não são apreciados seus trabalhos, enquanto a morte não os abate. Quando outros retomam as funções que eles exerciam, e enfrentam as dificuldades que eles encontraram, compreendem quanto a sua fé e coragem foram provadas. Muitas vezes perdem de vista, então, os erros que estavam tão prontos a censurar. A experiência ensina-lhes a simpatia. É Deus quem permite que os homens sejam colocados em posições de responsabilidade. Quando erram, tem poder para corrigi-los, ou para retirá-los do cargo que exercem. Devemos acautelar-nos de não tomar em nossas mãos o direito de julgar, que pertence a Deus.

A conduta de Davi para com Saul contém uma lição. Por ordem de Deus, Saul foi ungido como rei de Israel. Devido à sua desobediência, o Senhor declarou que o reino lhe seria tirado, e contudo quão amável, atenciosa e paciente foi a conduta de Davi para com ele! Procurando Davi para lhe tirar a vida, Saul dirigiu-se para o deserto, e sozinho penetrou justamente na caverna em que Davi, com seus homens de guerra, estava escondido: "Então, os homens de Davi lhe disseram: Eis

"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Rom. 12:21.

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aqui o dia do qual o Senhor te diz: Eis que te dou o teu inimigo nas tuas mãos, e far-lhe-ás como te parecer bem a teus olhos. ... E disse aos seus homens: O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, ao ungido do Senhor." I Sam. 24:4 e 6. Ordena-nos o Salvador: "Não julgueis, para que não sejais julgados, porque com o juízo com que julgardes sereis julgados, e com a medida com que tiverdes medido vos hão de medir a vós." Mat. 7:1 e 2. Lembrai-vos de que cedo o relato da vossa vida passará em revista diante de Deus. Lembrai-vos de que Ele disse: "És inescusável quando julgas, ó homem; ... pois tu, que julgas, fazes o mesmo." Rom. 2:1.

Paciência Quando Ofendido

Não podemos permitir que nosso espírito se irrite por algum mal real ou suposto que nos tenha sido feito. O inimigo que mais carecemos temer é o próprio eu. Nenhuma forma de vício tem efeito mais funesto sobre o caráter do que a paixão humana quando não está sob o domínio do Espírito Santo. Nenhuma vitória que possamos ganhar será tão preciosa como a vitória sobre nós mesmos.

Não permitamos que nossa sensibilidade seja facilmente ferida. Devemos viver, não para vigiar sobre a nossa sensibilidade ou reputação, mas para salvar pessoas. Quando estamos interessados na salvação das pessoas, deixamos de pensar nas pequenas diferenças que possam levantar-se entre uns e outros na associação mútua. De qualquer sorte que os outros pensem de nós ou conosco procedam, nunca será necessário que perturbemos nossa comunhão com Cristo, nossa companhia com o Espírito. "Que glória será essa, se, pecando, sois esbofeteados e sofreis? Mas, se fazendo o bem, sois afligidos e o sofreis, isso é agradável a Deus." I Ped. 2:20.

Não vos vingueis. Quanto puderdes, removei toda a causa

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de mal-entendido. Evitai a aparência do mal. Fazei o que estiver em vosso poder, sem comprometer os princípios, para conciliar o próximo. "Se trouxeres a tua oferta ao altar e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa ali diante do altar a tua oferta, e vai reconciliar-te primeiro com teu irmão, e depois vem, e apresenta a tua oferta." Mat. 5:23 e 24.

Se vos forem dirigidas palavras impacientes, nunca respondais no mesmo tom. Lembrai-vos de que "a resposta branda desvia o furor". Prov. 15:1. Há um poder maravilhoso no silêncio. As palavras ditas em réplica a alguém encolerizado por vezes servem apenas para o exasperar. Mas se a cólera encontra o silêncio, e um espírito amável e paciente, em breve se esvai.

Sob uma tempestade de palavras ferinas e acusadoras, conservai apoiado o espírito na Palavra de Deus. Que o espírito e o coração sejam repletos das promessas divinas. Se sois maltratados ou acusados injustamente, em vez de responder com cólera, repeti a vós mesmos as preciosas promessas: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Rom. 12:21.

"Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nEle, e Ele tudo fará. E Ele fará sobressair a tua justiça como a luz; e o teu juízo, como o meio-dia." Sal. 37:5 e 6.

"Nada há encoberto que não haja de ser descoberto; nem oculto, que não haja de ser sabido." Luc. 12:2.

"Fizeste com que os homens cavalgassem sobre a nossa cabeça; passamos pelo fogo e pela água; mas trouxeste-nos a um lugar de abundância." Sal. 66:12.

Somos inclinados a procurar junto de nossos semelhantes simpatia e ânimo, em vez de procurá-los em Jesus. Em Sua misericórdia e fidelidade, Deus permite muitas vezes que falhem aqueles em quem depositamos confiança, a fim de que possamos compreender quanto é insensato confiar nos homens e apoiar-nos na carne. Confiemos inteira, humilde e desinteressadamente em Deus. Ele conhece as tristezas que nos

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consomem no mais profundo do ser e que não podemos exprimir. Quando tudo nos parece escuro e inexplicável, lembremo-nos das palavras de Cristo: "O que Eu faço, não o sabes tu, agora, mas tu o saberás depois." João 13:7.

Estudai a história de José e de Daniel. O Senhor não impediu as maquinações dos homens que procuravam fazer-lhes mal; mas conduziu todos os planos para o bem de Seus servos, que no meio de provas e lutas mantiveram sua fé e lealdade.

Enquanto estivermos no mundo, encontraremos influências adversas. Haverá provocações para ser provada a nossa têmpera; e é enfrentando-as com espírito reto que as virtudes cristãs são desenvolvidas. Se Cristo habitar em nós, seremos pacientes, bondosos e indulgentes, alegres no meio das contrariedades e irritações. Dia após dia, e ano após ano, vencer-nos-emos a nós próprios e cresceremos num nobre heroísmo. Tal é a tarefa que sobre nós impende; mas não pode ser cumprida sem o auxílio de Jesus, firme decisão, um alvo bem determinado, contínua vigilância e oração incessante. Cada um tem suas lutas pessoais a travar. Nem o próprio Deus pode tornar nosso caráter nobre e nossa vida útil, se não colaborarmos com Ele. Quem renuncia à luta perde a força e a alegria da vitória.

Não precisamos guardar nosso próprio registro das provas e dificuldades, dos desgostos e tristezas. Todas essas coisas estão escritas nos livros, e o Céu tomará o cuidado delas. Enquanto relembramos as coisas desagradáveis, passam da memória muitas que são gratas à reflexão, como a misericordiosa bondade de Deus que nos rodeia a cada instante e o amor, de que os anjos se maravilham, com que deu Seu Filho para morrer por nós. Se como obreiros de Cristo sentis que tendes maiores cuidados e provas que os outros, lembrai-vos de que há para vós uma paz desconhecida dos que evitam estes

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fardos. Há conforto e alegria no serviço de Cristo. Mostremos ao mundo que não há insucesso na vida com Deus.

Se vos não sentis satisfeitos e alegres, não faleis dos vossos sentimentos. Não anuvieis a vida dos outros. Uma religião fria e sombria jamais atrairá almas para Cristo. Afasta-as dEle, para as redes que Satanás lança aos pés dos transviados. Em vez de pensar em vossos desânimos, pensai na força de que podeis dispor em nome de Cristo. Que vossa imaginação se fixe nas coisas invisíveis. Que os pensamentos se dirijam para as evidências do grande amor de Deus por vós. A fé pode sofrer a prova, vencer a tentação, suportar o insucesso. Jesus vive como nosso advogado. Tudo o que nos assegura a Sua mediação nos pertence.

Não pensais que Cristo aprecia quem vive inteiramente para Ele? Não pensais que visita os que, como o amado João no exílio, estão em lugares difíceis e penosos? Deus não permite que um de Seus devotados obreiros seja abandonado, a lutar sozinho contra forças superiores, e que seja vencido. Preserva, como jóia preciosa, todo aquele cuja vida está escondida com Cristo nEle. De cada um destes diz: Eu "te farei como um anel de selar; porque te escolhi." Ageu 2:23.

Falai pois das promessas; falai do desejo que Jesus tem de abençoar. Ele não nos esquece nem um só instante. Quando, apesar das circunstâncias desagradáveis, repousamos confiadamente no Seu amor e mantemos nossa comunhão com Ele, o sentimento da Sua presença inspirará uma alegria profunda e tranqüila. De Si disse Cristo: "Nada faço por Mim mesmo; mas falo como o Pai Me ensinou. E Aquele que Me enviou está comigo; o Pai não Me tem deixado só, porque Eu faço sempre o que Lhe agrada." João 8:28 e 29.

A presença do Pai acompanhava a Cristo, e nada Lhe

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sucedia que o amor infinito não tivesse permitido para a bênção do mundo. Aí residia o Seu e o nosso motivo de conforto. Quem está imbuído do Espírito de Cristo habita em Cristo. Tudo o que lhe sucede vem do Salvador que o rodeia com Sua presença. Nada pode atingi-lo sem a permissão do Senhor. Todos os sofrimentos e desgostos, todas as tentações e provas, todas as nossas tristezas e pesares, todas as perseguições e privações, em suma, todas as coisas cooperam para nosso bem. Todas as experiências e circunstâncias são agentes benfazejos de Deus em nosso favor.

Se temos a compreensão da paciência de Deus para conosco, não devemos ser achados a julgar ou a acusar ninguém. Quando Cristo vivia na Terra, quão surpresos ficariam os que O acompanhavam se, depois de familiarizados com Ele, Lhe ouvissem dizer uma palavra de acusação, crítica destrutiva ou impaciência. Não esqueçamos que aqueles que O amam devem reproduzi-Lo em Seu caráter.

"Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros." Rom. 12:10. "Não tornando mal por mal ou injúria por injúria; antes, pelo contrário, bendizendo, sabendo que para isto fostes chamados, para que, por herança, alcanceis a bênção." I Ped. 3:9.

O Senhor Jesus exige que reconheçamos os direitos de cada pessoa. Devem ser tomados em consideração seus direitos sociais e seus direitos como cristão. Todos devem ser tratados com amabilidade e delicadeza, como filhos e filhas de Deus.

O cristianismo torna as pessoas bem-educadas. Cristo era cortês, mesmo com os Seus perseguidores; e os Seus verdadeiros seguidores devem manifestar o mesmo espírito. Olhai para Paulo, conduzido perante os magistrados. Seu discurso diante de Agripa é um exemplo de verdadeira cortesia, assim como de persuasiva eloqüência. O Evangelho não ensina a

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polidez formalista corrente no mundo, mas a cortesia que deriva de um coração cheio de bondade.

O mais meticuloso cultivo das propriedades externas da vida não é suficiente para limar toda a irritabilidade, aspereza nos juízos e inconveniência nas palavras. O verdadeiro refinamento não se revelará jamais, enquanto nos considerarmos a nós mesmos como o objeto supremo. O amor deve residir no coração. O cristão verdadeiro tira seus motivos de ação do profundo amor pelo Mestre. Do amor a Cristo brota o interesse abnegado por seus irmãos. O amor comunica a quem o possui graça, propriedade e elegância de porte. Ilumina-lhe a fisionomia e educa-lhe a voz; refina e eleva todo o ser.

A vida compõe-se, principalmente, não de grandes sacrifícios, ações maravilhosas, mas de pequenas coisas. Na maior parte das vezes, é pelas pequenas coisas que parecem indignas de menção que grande bem ou mal é trazido à nossa vida. É pela falta de sucesso em suportar as provas a que somos sujeitos nas pequenas coisas, que se adquirem os maus hábitos e se deforma o caráter; e, quando nos assaltam as provas maiores, encontramo-nos desprevenidos. Só agindo por princípio nas provas da vida cotidiana, podemos adquirir energia para ficar firmes e fiéis nas mais perigosas e difíceis situações.

Nunca estamos sós. Quer o escolhamos ou não, temos um companheiro. Lembrai-vos de que onde quer que estejais, façais o que fizerdes, Deus aí está. Nada do que se diz, faz ou pensa escapa à Sua atenção. Para cada palavra ou ação, tendes uma testemunha - Deus, que é santo e odeia o pecado. Pensai sempre nisso antes de falardes ou agirdes. Como cristãos,

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sois membros da família real, filhos do Rei dos Céus. Não digais palavra alguma, não façais nenhuma ação que traga desonra ao "bom nome que sobre vós foi invocado". Tia. 2:7.

Estudai cuidadosamente o caráter divino-humano, e inquiri constantemente: "Que faria Jesus em meu lugar?" Esta deve ser a medida do nosso dever. Não vos coloqueis desnecessariamente na companhia daqueles que, por suas astúcias, poderiam debilitar o vosso desejo de bem-fazer ou manchar a vossa consciência. Nada façais entre os estranhos, na rua, nos carros, em casa, que tenha a menor aparência de mal. Fazei cada dia alguma coisa para melhorar, embelezar e enobrecer a vida que Cristo resgatou com Seu próprio sangue.

Agi sempre por princípio, nunca por impulso. Temperai a impetuosidade da vossa natureza pela doçura e bondade. Evitai toda a leviandade e frivolidade. Que nenhum vil gracejo escape de vossos lábios. Nem sequer aos pensamentos permitais correr a rédeas soltas. Devem ser dominados e conduzidos cativos à obediência de Cristo. Que eles estejam ocupados em coisas santas. Então, pela graça de Cristo, serão puros e verdadeiros.

Necessitamos de ter um constante sentimento do poder enobrecedor dos pensamentos puros. É nos bons pensamentos que reside a única segurança para cada alma. O homem, "como imaginou na sua alma, assim é". Prov. 23:7. A faculdade de se dominar desenvolve-se pelo exercício. O que a princípio parecia difícil torna-se fácil pela repetição constante, até que os retos pensamentos e ações acabam por ser habituais. Se quisermos, podemos afastar-nos de tudo o que é baixo e inferior, e elevar-nos para uma alta norma; podemos ser respeitados pelos homens e amados por Deus.

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Cultivai o hábito de falar bem do próximo. Detende-vos sobre as boas qualidades daqueles com quem estais associados, e olhai o menos possível para seus erros e fraquezas.

Quando sois tentados a queixar-vos do que alguém disse ou fez, louvai alguma coisa na vida ou caráter dessa pessoa. Cultivai a gratidão. Louvai a Deus pelo Seu admirável amor em dar a Cristo para morrer por nós. Nada lucramos em pensar em nossas mágoas. Deus convida-nos a meditar na Sua misericórdia e no Seu amor incomparável, a fim de que sejamos inspirados com o louvor.

Os trabalhadores ativos não têm tempo de se ocupar com as faltas do próximo. As faltas e fraquezas dos outros não fornecem alimento para a vossa vida. A maledicência é uma dupla maldição, que recai mais pesadamente sobre quem fala do que sobre quem ouve. Quem espalha as sementes da dissensão e discórdia colhe em sua própria alma os frutos mortais. O próprio ato de olhar para o mal nos outros desenvolve o mal em quem olha. Detendo-nos sobre as faltas do próximo, somos transformados na sua imagem. Mas contemplando Jesus, falando do Seu amor e da perfeição de Seu caráter, imprimimos em nós as Suas feições. Contemplando o alto ideal que Ele colocou diante de nós, subiremos a uma atmosfera santa e pura, que é a própria presença de Deus. Quando aí permanecemos, sairá de nós uma luz que irradia sobre todos os que estiverem em contato conosco.

Em vez de criticar e condenar o próximo, dizei: "Devo trabalhar para minha própria salvação. Se coopero com Aquele que deseja salvar a minha alma, devo vigiar-me cuidadosamente, afastar de minha vida tudo o que é mau, vencer todo o defeito, tornar-me nova criatura em Cristo. Por isso, em lugar de enfraquecer os que lutam contra o mal, irei fortalecê-los com palavras animadoras." Somos demasiado indiferentes para com os outros. Esquecemos muitas vezes que nossos companheiros de trabalho têm necessidade de força e animação. Tende

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o cuidado de lhes assegurar vosso interesse e simpatia. Ajudai-os pela oração e fazei-lhes saber que orais por eles.

Nem todos os que professam ser obreiros de Cristo são verdadeiros discípulos. Entre os que trazem Seu nome, e que são mesmo contados entre Seus obreiros, há alguns que não O representam no caráter. Não são governados pelos Seus princípios. Tais pessoas são muitas vezes causa de perplexidade e desânimo para os seus companheiros de trabalho que são novos na experiência cristã; mas ninguém tem necessidade de ser enganado. Cristo deu-nos um exemplo perfeito. Ordena-nos que O sigamos.

Até ao fim dos tempos, haverá joio no meio do trigo. Quando os servos do pai de família, no zelo pela sua honra, lhe pediram autorização para arrancar o joio, ele disse: "Não; para que, ao colher o joio não arranqueis também o trigo com ele. Deixai crescer ambos juntos até à ceifa." Mat. 13:29 e 30.

Em Sua misericórdia e clemência, Deus suporta pacientemente os maus e até os hipócritas. Entre os apóstolos escolhidos de Cristo encontrava-se Judas, o traidor. Deverá, pois, ser causa de surpresa ou desânimo a existência de hipócritas entre os Seus obreiros de hoje? Se Ele, que penetrava nos corações, suportava quem bem sabia que O havia de trair, com que paciência não deveríamos nós suportar os que estão em falta!

E nem todos, ainda dos que parecem mais culpados, são como Judas. Pedro, impetuoso, precipitado e cheio de confiança própria, aparentemente esteve em situação mais desvantajosa do que Judas. Foi mais vezes censurado pelo Salvador. Mas que vida de atividade e sacrifício foi a sua! Que testemunho deu do poder da graça de Deus! Tanto quanto pudermos, devemos ser para os outros o que Jesus era para Seus discípulos quando andava e falava com eles na Terra.

Considerai-vos como missionários, antes de tudo, entre os

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vossos companheiros de trabalho. Requer-se por vezes muito tempo e canseiras para ganhar alguma alma para Cristo. E quando uma alma se afasta do pecado para a justiça, há alegria na presença dos anjos. Pensais que os espíritos angélicos que vigiam sobre estas almas estão satisfeitos ao ver com que indiferença elas são tratadas por alguns que pretendem ser cristãos? Se Jesus nos tratasse como muito freqüentemente nos tratamos uns aos outros, quem de nós poderia salvar-se?

Lembrai-vos que não podeis ler os corações. Não sabeis os motivos que determinaram as ações que desaprovais. Há muitos que não receberam uma educação correta; seu caráter está deformado, duro e nodoso, e parece torto em todos os sentidos. Mas a graça de Cristo pode transformá-lo. Nunca os ponhais de lado, nunca lhes tireis a coragem ou a esperança, dizendo: "Você desiludiu-me e não me esforçarei por ajudá-lo." Algumas palavras ditas precipitadamente sob o efeito de uma provocação - exatamente o que pensamos que eles merecem - podem partir as cordas da influência que teriam ligado seu coração ao nosso.

A vida coerente, a paciência, a calma de espírito em face da provocação constitui sempre o argumento mais decisivo e o apelo mais solene. Se tivestes oportunidades e vantagens que não couberam em sorte aos outros, reconhecei esse privilégio, e sede sempre um mestre sábio, solícito e amável.

A fim de obter na cera a impressão nítida e forte de um selo, não lho aplicais de uma maneira precipitada e violenta; colocais cuidadosamente o selo na cera mole, e lenta e firmemente fazeis sobre ele pressão, até que a cera tenha endurecido na forma desejada. Tratai da mesma forma com as almas humanas. A continuidade da influência cristã é o segredo de seu poder, e este depende da firmeza com que manifestais o caráter de Cristo. Ajudai os que erraram, contando as vossas

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experiências. Mostrai-lhes como, quando cometestes graves erros, a paciência, bondade e auxílio de vossos companheiros de trabalho vos deram coragem e esperança.

Até ao Juízo, ignorareis a influência de uma conduta bondosa e prudente para com os incoerentes, desarrazoados e indignos. Quando deparamos com a ingratidão e traição daqueles em quem depositamos uma confiança sagrada, somos tentados a mostrar nosso ressentimento e indignação. É isso que o culpado espera e para que está preparado. Mas a bondosa paciência toma-o de surpresa, e muitas vezes desperta seus melhores impulsos, e faz-lhes nascer o desejo de uma vida mais nobre.

"Irmãos, se algum homem chegar a ser surpreendido nalguma ofensa, vós, que sois espirituais, encaminhai o tal com espírito de mansidão, olhando por ti mesmo, para que não sejas também tentado. Levai as cargas uns dos outros e assim cumprireis a lei de Cristo." Gál. 6:1 e 2.

Todos os que professam ser filhos de Deus deviam ter na mente que, como missionários, serão postos em contato com todas as classes de espírito. Há os corteses e os rudes, os humildes e os altivos, os religiosos e os céticos, os instruídos e os ignorantes, os ricos e os pobres. Esses diferentes espíritos

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não podem ser tratados da mesma maneira; todos porém carecem de bondade e simpatia. Pelo mútuo contato, nosso espírito devia tornar-se delicado e refinado. Dependemos uns dos outros, e estamos intimamente unidos pelos laços da fraternidade humana.

É pelas relações sociais que a religião cristã entra em contato com o mundo. Cada homem ou mulher que recebeu a iluminação divina deve derramar luz na senda tenebrosa dos que não conhecem o melhor caminho. A influência social, santificada pelo Espírito de Cristo, deve desenvolver-se na condução de almas para o Salvador. Cristo não deve ser escondido no coração como um tesouro cobiçado, sagrado e doce, fruído exclusivamente pelo possuidor. Devemos ter Cristo em nós como uma fonte de água, que corre para a vida eterna, refrescando a todos os que entram em contato conosco.

A Ciência do Bom Viver - O Conhecimento Através da Palavra de Deus


A Ciência do Bom Viver - O Conhecimento Através da Palavra de Deus
A Ciência do Bom Viver - O Conhecimento Através da Palavra de Deus



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CAPÍTULO 39

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O Conhecimento Recebido Mediante a Palavra de Deus

A Bíblia toda é uma revelação da glória de Deus em Cristo. Recebida, crida e obedecida, ela é o grande instrumento na transformação do caráter. É o grande estímulo, a constrangedora força que vivifica as faculdades físicas, mentais e espirituais, dando à existência a devida orientação.

O motivo por que os jovens, e mesmo os de idade madura, são tão facilmente induzidos à tentação e ao pecado é não estudarem a Palavra de Deus, nem meditarem nela como devem. A falta de firme e decidida força de vontade que se manifesta na vida e no caráter é resultante de negligência das sagradas instruções da Palavra de Deus. Eles não dirigem, mediante diligente esforço, a mente àquilo que lhes inspiraria pensamentos puros, santos, desviando-a do que é impuro e falso. Há poucos que escolham a melhor parte, que, qual Maria, se assentem aos pés de Jesus, a fim de aprender do divino Mestre. Poucos entesouram Suas palavras no coração, e as praticam na vida.

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Recebidas, as verdades bíblicas elevarão a mente e a alma. Se a Palavra de Deus fosse apreciada como deveria ser, tanto os jovens como os idosos possuiriam uma retidão interior, uma firmeza de princípios que os habilitariam a resistir à tentação.

Ensinem os homens e escrevam as preciosas coisas das Santas Escrituras. Sejam o pensamento, a aptidão, o penetrante exercício da potência cerebral empregados no estudo dos pensamentos de Deus. Não estudeis a filosofia das conjeturas

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humanas, mas a dAquele que é a verdade. Nenhuma outra literatura pode se comparar com esta em valor.

A mente terrena não encontra prazer na contemplação da Palavra de Deus; mas, para a que foi renovada pelo Espírito Santo, irradiam da página sagrada divina beleza e luz celestial. Aquilo que, para o espírito terreno, era um deserto, à mente espiritual se torna uma terra de correntes vivas.

O conhecimento de Deus segundo a revelação de Sua Palavra, eis o que deve ser dado a nossos filhos. Desde os primeiros lampejos da razão, eles devem ser postos em contato familiar com o nome e a vida de Jesus. As primeiras lições devem ensinar-lhes que Deus é seu Pai. Seu primeiro exercício, a obediência de amor. Reverente e ternamente lhes seja lida e repetida a Palavra de Deus, em porções apropriadas a sua compreensão e de molde a despertar o interesse. E, acima de tudo, fazei com que aprendam acerca de Seu amor segundo é revelado em Cristo, e a grande lição do mesmo: "Se Deus assim nos amou, também nós devemos amar uns aos outros." I João 4:11.

Faça a juventude da Palavra de Deus o alimento do espírito e da alma. Torne-se a cruz de Cristo a ciência de toda educação, o centro de todo ensino e estudo. Seja ela introduzida na experiência diária da vida prática. Assim se tornará o Salvador para os jovens o companheiro e amigo de cada dia. Todo pensamento será levado cativo à obediência de Cristo. Como o apóstolo Paulo, deverão poder dizer: "Longe esteja de mim gloriar-me, a não ser na cruz de nosso Senhor Jesus Cristo, pela qual o mundo está crucificado para mim e eu, para o mundo." Gál. 6:14.

"Também os Teus testemunhos são o meu prazer e os meus conselheiros." Sal. 119:24.

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Assim, mediante a fé, eles chegam a conhecer a Deus com um conhecimento experimental. Têm provado por si mesmos a realidade de Sua Palavra, a veracidade de Suas promessas. Têm provado, e visto que o Senhor é bom.

O amado João tinha conhecimento adquirido pela própria experiência. Pôde testificar: "O que era desde o princípio, o que vimos com os nossos olhos, o que temos contemplado, e as nossas mãos tocaram da Palavra da vida (porque a Vida foi manifestada, e nós a vimos, e testificamos dela, e vos anunciamos a vida eterna, que estava com o Pai e nos foi manifestada), o que vimos e ouvimos, isso vos anunciamos, para que também tenhais comunhão conosco; e a nossa comunhão é com o Pai e com Seu Filho Jesus Cristo." I João 1:1-3.

Assim cada qual é capaz de, mediante a própria experiência, confirmar "que Deus é verdadeiro". João 3:33. Ele pode testificar daquilo que por si mesmo tem visto e ouvido e sentido do poder de Cristo. Pode testificar: "Eu necessitava de auxílio, e o encontrei em Jesus. Toda necessidade foi suprida, satisfeita a fome de minha alma; a Bíblia é para mim a revelação de Cristo. Creio em Jesus porque Ele me é um divino Salvador. Creio na Bíblia porque achei nela a voz de Deus a minha alma."

Aquele que adquiriu certo conhecimento de Deus e de Sua Palavra mediante a própria experiência acha-se apto a empenhar-se no estudo da ciência natural. Está escrito a respeito de Cristo: "NEle, estava a vida e a vida era a luz dos homens." João 1:4. Antes da entrada do pecado, Adão e Eva no Éden, estavam circundados por uma bela e resplandecente luz - a luz de Deus. Essa luz iluminava tudo de que eles se aproximavam. Nada havia que lhes obscurecesse a percepção do

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caráter ou das obras de Deus. Quando, porém, cederam ao tentador, a luz se retirou deles. Perdendo as vestes da santidade, perderam a luz que havia iluminado a Natureza. Não mais a podiam ler direito. Não podiam discernir o caráter de Deus em Suas obras. Assim hoje, o homem não pode por si mesmo ler devidamente o ensino da Natureza. A menos que seja guiado por sabedoria divina, exalta-a e a suas leis acima do Deus que a criou. É por isso que as idéias meramente humanas quanto à ciência tantas vezes contradizem o ensino da Palavra de Deus. Mas, para os que recebem a luz da vida de Cristo, a Natureza novamente se ilumina. Na luz que se irradia da cruz, é-nos possível interpretar devidamente o ensino da Natureza.

Aquele que conhece a Deus e a Sua Palavra por experiência pessoal tem uma firme fé na origem divina das Santas Escrituras. Tem provado que a Palavra de Deus é a verdade, e que a verdade não se pode nunca contradizer a si mesma. Não prova a Bíblia pelas idéias e a ciência humanas; submete-as, a estas, à prova da infalível norma. Sabe que, na verdadeira ciência, nada pode haver que esteja em contradição com o ensino da Palavra; uma vez que procedem ambas do mesmo Autor, a verdadeira compreensão delas demonstrará sua harmonia. Seja o que for, nos chamados ensinos científicos, que contradiga o testemunho da Palavra de Deus não passa de conjetura humana.

A esse estudante, a pesquisa científica abrirá vastos campos de pensamentos e informações. Ao ele contemplar as coisas da Natureza, advém-lhe uma nova percepção da verdade. O livro da Natureza e a Palavra escrita derramam luz um sobre o outro. Ambos o fazem relacionar-se melhor com Deus, ensinando-lhe o que concerne ao Seu caráter e às leis por meio das quais Ele opera.

A experiência do salmista pode ser obtida por todos mediante o recebimento da Palavra de Deus através da Natureza e da Revelação. Diz ele:

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"Tu, Senhor, me alegraste com os Teus feitos;

Exultarei nas obras das Tuas mãos." Sal. 92:4.

"A Tua misericórdia, Senhor, está nos céus,

E a Tua fidelidade chega até às mais excelsas nuvens.

A Tua justiça é como as grandes montanhas;

Os Teus juízos são um grande abismo. ..." Sal. 36:5 e 6.

"Quão preciosa é, ó Deus, a Tua benignidade! ...

Os filhos dos homens se abrigam à sombra das Tuas asas. ...

E os farás beber da corrente das Tuas delícias;

Porque em Ti está o manancial da vida;

Na Tua luz veremos a luz." Sal. 36:7-9.

"Bem-aventurados os que trilham caminhos retos

E andam na lei do Senhor.

Bem-aventurados os que guardam os Seus testemunhos

E O buscam de todo o coração." Sal. 119:1 e 2.

"Como purificará o jovem o seu caminho?

Observando-o conforme a Tua Palavra.

Escolhi o caminho da verdade;

Propus-me seguir os Teus juízos." Sal. 119:9 e 30.

"Escondi a Tua Palavra no meu coração,

Para eu não pecar contra Ti.

E andarei em liberdade,

Pois busquei os Teus preceitos." Sal. 119:11 e 45.

"Desvenda os meus olhos,

Para que veja as maravilhas da Tua lei.

Também os Teus testemunhos são o meu prazer

E os meus conselheiros.

Melhor é para mim a lei da Tua boca

Do que inúmeras riquezas em ouro ou prata." Sal. 119:18, 24 e 72.

"Oh! Quanto amo a Tua lei!

É a minha meditação em todo o dia!

Maravilhosos são os Teus testemunhos;

Por isso, a minha alma os guarda.

Os Teus estatutos têm sido os meus cânticos

No lugar das minhas peregrinações." Sal. 119:97, 129 e 54.

"A Tua Palavra é muito pura;

Por isso, o Teu servo a ama." Sal. 119:140.

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"A Tua Palavra é a verdade desde o princípio,

E cada um dos Teus juízos dura para sempre." Sal. 119:160.

"Viva a minha alma e louvar-Te-á;

Ajudem-me os Teus juízos." Sal 119:175.

"Muita paz têm os que amam a Tua lei,

E para eles não há tropeço." Sal. 119:165.

"Senhor, tenho esperado na Tua salvação

E tenho cumprido os Teus mandamentos.

A minha alma tem observado os Teus testemunhos;

Amo-os extremamente." Sal. 119:166 e 167.

"A exposição das Tuas palavras dá luz

E dá entendimento aos símplices.

Tu, pelos Teus mandamentos,

Me fazes mais sábio que meus inimigos,

Pois estão sempre comigo.

Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres,

Porque medito nos Teus testemunhos.

Sou mais prudente do que os velhos,

Porque guardo os Teus preceitos.

Pelos Teus testemunhos, alcancei entendimento;

Pelo que aborreço todo falso caminho.

Os Teus testemunhos tenho eu tomado por herança para sempre,

Pois são o gozo do meu coração." Sal. 119:130, 98-100, 104 e 111.

Mais Claras Revelações de Deus

Pertence-nos o privilégio de esforçar-nos por alcançar mais e mais claras revelações do caráter de Deus. Quando Moisés orou: "Rogo-Te que me mostres a Tua glória" (Êxo. 33:18), o Senhor não o repreendeu, mas concedeu-lhe a petição. Declarou a Seu servo: "Eu farei passar toda a Minha bondade por diante de ti e apregoarei o nome do Senhor diante de ti." Êxo. 33:19.

É o pecado que nos obscurece a mente e enfraquece as percepções. À medida que nosso coração é expurgado do mal, a

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luz do conhecimento da glória de Deus na face de Jesus Cristo, iluminando-Lhe a Palavra e refletindo-se na face da Natureza, declará-Lo-á mais e mais amplamente "misericordioso e piedoso, tardio em iras e grande em beneficência e verdade". Êxo. 34:6.

Em Sua luz veremos a luz, até que a mente, o coração e a alma sejam transformados à imagem de Sua santidade.

Para aqueles que assim lançam mão das divinas afirmações da Palavra de Deus, há maravilhosas possibilidades. Acham-se perante eles vastos campos de verdade, amplas fontes de poder. Revelar-se-ão coisas gloriosas. Tornar-se-ão manifestos privilégios e deveres de cuja presença na Bíblia eles nem sequer suspeitavam. Todos quantos trilham o caminho da humilde obediência, cumprindo Seu desígnio, conhecerão mais e mais dos oráculos de Deus.

O estudante faça da Bíblia o seu guia, e fique firme ao lado dos princípios, e lhe é dado aspirar a qualquer altura. Todas as filosofias da natureza humana têm conduzido à confusão e vergonha quando Deus deixou de ser reconhecido como tudo em todos. Mas a preciosa fé inspirada por Deus comunica vigor e nobreza ao caráter. À medida que nos detemos sobre Sua bondade, Sua misericórdia e Seu amor, mais e mais clara será a

"Tu, pelos Teus mandamentos, me fazes mais sábio que meus inimigos, pois estão sempre comigo. Tenho mais entendimento do que todos os meus mestres, porque medito nos Teus testemunhos. Sou mais prudente do que os velhos, porque guardo os Teus preceitos." Sal. 119:98-100.

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percepção da verdade, mais elevado e santo será o desejo de pureza de coração e clareza de pensamento. A alma que permanece na pura atmosfera dos pensamentos santos, é transformada pela comunicação com Deus por meio do estudo de Sua Palavra. A verdade é tão ampla, de tão vasto alcance, tão profunda e larga, que se perde de vista o próprio eu. O coração é enternecido, rendendo-se à humildade, bondade e amor.

E as faculdades naturais são ampliadas em virtude da santa obediência. Os estudantes podem sair do estudo da Palavra da vida com o espírito dilatado, elevado, enobrecido. Se, como Daniel, eles são ouvintes e praticantes da Palavra de Deus, podem, como ele, avançar em todos os ramos do saber. Sendo puros de mente, tornar-se-ão também mentalmente poderosos. Toda faculdade intelectual será vivificada. Poderão educar-se e disciplinar-se a si mesmos de tal maneira que todos dentro da esfera de sua influência hão de ver o que pode ser o homem, e o que pode realizar quando em ligação com o Deus de sabedoria e poder.

Educação na Vida Eterna

A obra de nossa existência aqui é um preparo para a vida eterna. A educação principiada na Terra não se completará nesta vida; prosseguirá por toda a eternidade - sempre em progresso, sem nunca se completar. Mais e mais amplamente se revelarão a sabedoria e o amor de Deus no plano da redenção. Ao guiar Seus filhos às fontes das águas vivas, o Salvador lhes comunicará abundância de conhecimentos. E dia a dia as maravilhosas obras de Deus, as provas de Seu poder na criação e manutenção do Universo, desdobrar-se-ão perante seu espírito em uma nova beleza. À luz que irradia do trono, desaparecerão os mistérios, e a alma se encherá de espanto em face da simplicidade das coisas antes não compreendidas.

Vemos agora por espelho, obscuramente; mas então, face a face; agora conhecemos em parte; mas então havemos de conhecer como também somos conhecidos.