A Ciência do Bom Viver - No Quarto do Doente


A Ciência do Bom Viver - No Quarto do Doente
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CAPÍTULO 15
No Quarto do Doente
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IV. O Cuidado dos Doentes

Eles "imporão as mãos sobre os enfermos e os curarão." Mar. 16:18.

No Quarto do Doente

Os que tratam dos doentes devem compreender a importância da cuidadosa atenção às leis da saúde. Em parte alguma tem mais importância a obediência a estas leis do que no quarto do enfermo. Em caso nenhum a fidelidade às pequenas coisas, da parte dos assistentes, tem maiores conseqüências. Em casos de doença grave, a menor negligência, a mais ligeira falta de atenção às necessidades especiais ou perigos particulares do enfermo, toda a manifestação de temor, agitação ou impaciência, até uma falta de simpatia, pode fazer pender o fiel da balança que oscila entre a vida e a morte, e causar a descida à sepultura de um doente que doutra sorte poderia ter-se curado.

A eficiência da enfermeira depende em grande parte do seu vigor físico. Quanto mais saudável, robusta, tanto mais estará apta a suportar a fadiga no tratamento do enfermo e a cumprir com bom êxito os seus deveres. Os que cuidam dos doentes devem prestar particular atenção ao regime alimentar, limpeza, ar puro e exercício. Precauções especiais da parte da família lhe permitirão também suportar as fadigas suplementares trazidas sobre ela e a auxiliar a evitar o contágio da doença.

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"Mas os que esperam no Senhor renovarão as suas forças e subirão com asas como águias; correrão e não se cansarão; caminharão e não se fatigarão." Isa. 40:31.

Quando a doença é grave e exige dia e noite a presença da enfermeira, o trabalho deve ser partilhado ao menos por duas enfermeiras competentes, de sorte que cada uma tenha a oportunidade de descansar e de fazer exercício ao ar livre. Isso é particularmente importante nos casos em que seja difícil assegurar abundância de ar puro no quarto do doente. Devido à falta de conhecimento da importância do ar puro, limita-se por vezes a ventilação, ficando com freqüência em perigo a vida do doente, como a dos que o tratam.

Se forem observadas precauções convenientes, não há necessidade de que doenças não contagiosas sejam contraídas por outros. Que os hábitos sejam corrigidos, e pelo asseio e ventilação conveniente guarde-se o quarto do doente livre de elementos venenosos. Em tais condições, o enfermo tem muito mais probabilidades de cura, e na maior parte dos casos tanto as enfermeiras como os membros da família estarão ao abrigo do contágio da doença.

Luz Solar, Ventilação e Temperatura

Para assegurar ao doente as mais favoráveis condições de cura, o quarto que ocupa deve ser amplo, iluminado e alegre, com os meios para uma ventilação perfeita. Escolher-se-á para quarto do enfermo o aposento da casa que melhor satisfaça esses requisitos. Muitas casas não oferecem condições para conveniente ventilação e é difícil consegui-la; mas tentem-se os possíveis esforços para permitir que o quarto do doente seja atravessado dia e noite por uma corrente de ar puro.

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Quanto possível deve manter-se uma temperatura igual. Para o efeito consulte-se o termômetro. Os que tratam do doente, sendo muitas vezes privados de sono ou despertados durante a noite para atender o paciente, são suscetíveis ao frio, e não serão bons juízes de uma temperatura saudável.

Dieta

Parte importante dos deveres da enfermeira é o cuidado com a dieta do paciente. Não se permita que o doente sofra ou enfraqueça por falta de alimento, nem carregue em excesso os enfraquecidos órgãos da digestão. Tenha-se cuidado em preparar e servir comida agradável ao paladar, mas usando um sábio critério em a adaptar, tanto em quantidade como em qualidade, às necessidades do paciente. Em particular durante o tempo da convalescença, em que o apetite é vivo e os órgãos digestivos não recuperaram ainda suas forças, há grande perigo de prejuízo devido a erros de dieta.

Deveres dos Assistentes

As enfermeiras, e as pessoas que entram no quarto do doente, devem se dominar, ser calmas e animosas. Evite-se toda pressa, nervosismo ou confusão. As portas devem ser abertas e fechadas sem ruído e toda a casa deve estar tranqüila. Em casos de febre, necessita-se de especial atenção ao

"E o efeito da justiça será paz, e a operação da justiça, repouso e segurança, para sempre. E o Meu povo habitará em morada de paz, e em moradas bem seguras, e em lugares quietos de descanso." Isa. 32:17 e 18.

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vir a crise e a febre estar baixando. É muitas vezes necessária uma constante vigilância. A ignorância, esquecimento e negligência causaram a morte de muitas pessoas que teriam vivido se houvessem recebido cuidado de uma enfermeira judiciosa e inteligente o devido cuidado.

As Visitas aos Doentes

É uma bondade mal dirigida, uma falsa idéia de cortesia, que leva a visitar muito os enfermos. Os doentes que se encontram muito mal não devem receber visitas. A agitação que acompanha a recepção dos visitantes fatiga o enfermo numa ocasião em que tem a máxima necessidade de repouso e tranqüilidade.

Para o convalescente ou paciente que sofre de doença crônica constitui por vezes um prazer e um benefício saber que é lembrado com afeto; mas esta certeza transmitida por uma mensagem de simpatia ou por alguma pequena lembrança surtirão geralmente melhor efeito do que uma visita pessoal, e sem perigo de dano.

A Enfermagem em Instituições

Em sanatórios e hospitais, onde as enfermeiras estão em relações constantes com grande número de doentes, requer-se um esforço decidido para se manterem sempre de bom humor e alegres, e manifestarem uma consideração inteligente em cada palavra e em cada ato. Nessas instituições é da máxima importância que as enfermeiras se esforcem por desempenhar seu trabalho com sabedoria e acerto. Necessitam lembrar-se

"Não temas, porque Eu sou contigo; não te assombres, porque Eu sou o teu Deus; Eu te esforço, e te ajudo, e te sustento com a destra da Minha justiça." Isa. 41:10.

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constantemente de que no cumprimento dos seus deveres cotidianos estão servindo a Jesus Cristo.

Os doentes têm necessidade de que se lhes digam sábias palavras. As enfermeiras devem estudar a Bíblia diariamente, para que se possam habilitar a pronunciar palavras que iluminem e auxiliem o sofredor. Os anjos de Deus estão nos quartos onde tais doentes são tratados, e a atmosfera que rodeia a alma de quem dá o tratamento será pura e fragrante. Médicos e enfermeiras devem nutrir os princípios de Cristo. Suas virtudes se devem manifestar na vida dos mesmos. Então, mediante o que dizem e fazem, atrairão o doente ao Salvador.

Enquanto aplica o tratamento para restauração da saúde, a enfermeira cristã, de maneira agradável e com êxito, atrairá o espírito do paciente para Cristo, o médico da alma da mesma maneira que do corpo. Os pensamentos apresentados, um pouco aqui, um pouco ali, exercerão sua influência. As enfermeiras

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de mais idade não deverão perder ensejo favorável de chamar a atenção do doente para Cristo. Elas devem estar sempre preparadas para misturar a cura espiritual com a física.

Pela maneira mais bondosa e terna, cumpre às enfermeiras ensinar que aquele que se quer curar precisa deixar de transgredir a Lei de Deus. Necessita deixar de preferir uma vida de pecado. Deus não pode abençoar aquele que continua a trazer sobre si mesmo doença e sofrimento por uma voluntária violação das leis do Céu. Mas Cristo, mediante o Espírito Santo, vem, como um poder que cura, aos que deixam de fazer o mal e aprendem a praticar o bem.

Os que não possuem nenhum amor para com Deus hão de agir continuamente contra os melhores interesses da alma e do corpo. Mas os que despertam para a importância de viver em obediência a Deus neste mundo mau de agora serão voluntários em se apartar de todo hábito errôneo. Reconhecimento e amor lhes encherá o coração. Sabem que Cristo é seu amigo. Em muitos casos, a compreensão de possuir um tal amigo significa para os sofredores mais, em seu restabelecimento da doença, do que o melhor tratamento que se lhe possa aplicar. Mas ambos os ramos de ministério são essenciais. Devem andar de mãos dadas.

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