Belém, Bendita És - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 047

Belém, Bendita És

Hinário Adventista do Sétimo Dia


Letra: Philips Brooks (1835-1893)

Título Original: O Little Town of Bethlehem

Música: Lewis Henry Redner (1830-1908)

Texto Bíblico: Mas tu, Belém Efrata, posto que pequena para estar entre os milhares de Judá, de ti é que me sairá aquele que há de reinar em Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade. (Miquéias 5:2)

1. Belém, bendita és entre as cidades de Judá;

Enquanto assim tu dormes, oh! que bênção Deus te dá!

Embora obscura, brilha em ti a eterna luz,

A luz das esperanças que os mortais a Deus conduz.

2. Em ti já é nascido o Messias Redentor;

No Céu os santos anjos cantam glórias, dão louvor.

Ó vós, estrelas d’alva, a nova anunciai;

A Deus erguei hosanas, e a nós a paz cantai!

3. Ó, vem, Senhor e Mestre que nasceste em Belém;

Visita-nos e nasce em nosso coração também.

A voz dos anjos soa, a paz a proclamar.

Jesus, agora mesmo vem, sim, vem em nós morar.


Veja a história deste hino


Phillips Brooks visitou a Terra Santa em 1865 e foi a Belém, no domingo 24 de dezembro. À tarde ele foi ao lugar onde, segundo a tradição, os anjos apareceram aos pastores. Então, desde as 10 horas da noite de Natal até as 3 da manhã, ele assistiu os serviços religiosos na Igreja da Natividade, em Belém. A música e as imagens impressionaram tanto a ele que uma nova inspiração surgiu em sua mente. Ele não a colocou no papel, contudo, até que alguns anos depois ele escreveu as estrofes para a Escola Dominical.

Brooks foi um poderoso pregador, e seus sermões impressos eram distribuídos por todo os Estados Unidos e a Grã-Bretanha. A Universidade de Oxford conferiu-lhe o grau honorário de Doutor em 1885.

Quando era o pastor da Igreja Episcopal da Filadélfia, ele deu este poema para o organista da igreja, Lewis Henry Redner que pretendia musicar alguma obra de seu pastor. Na noite de Natal, após dormir algumas horas, acordou com esta melodia soando em seus ouvidos. Escreveu rapidamente num papel, ao lado da cama, e harmonizou-a pela manhã, pronta para ser cantada na Escola Dominical de 27 de dezembro de 1868. O hino foi impresso pela primeira vez em 1874.

Phillips Brooks foi um grande pregador, homem possuidor de físico magnífico, mente viva e personalidade popular e atraente. Nasceu em Boston, educou-se em Harvard. Experimentou lecionar mas decidiu-se pelo ministério. Estudou no “Episcopal Theological Seminary”, em Alexandria, Virgínia, e foi ordenado em 1859. Trabalhou como pastor na igreja da Santa Trindade na Filadélfia, e por 22 anos na Igreja de Trindade em Boston. Ele pregava “Cristo e Este crucificado”, e tornou a fé evangélica respeitável intelectualmente. Nunca se casou, porém, amava as crianças, para quem escreveu alguns de seus cânticos. Conservava uma coleção de bonecas em seu escritório para que suas sobrinhas pudessem brincar com elas quando viessem visitá-lo.

Enquanto trabalhava na Igreja da Santa Trindade em Filadélfia, Brooks recebeu um ano de licença para percorrer a Europa e o Próximo Oriente. Nesta visita foi a Belém onde se inspirou para compor este cântico.

De volta, Phillips Brooks pediu a seu organista, Lewis H. Redner que adaptasse a esta letra uma música. Embora tivesse tempo suficiente para compor a música, Redner não conseguiu inspiração. Finalmente na véspera do Natal foi dormir e depois de varias horas despertou com uma melodia em mente. Escreveu a melodia e na manhã seguinte fez a harmonização. Foi usada pela primeira vez a 27 de dezembro de 1868. Tornou-se bem popular por volta de 1890 e tem sido amplamente usada desde essa data.

Redner era um corretor de imóveis por profissão, bem como um bom obreiro na igreja. Além se ser o organista da igreja foi o superintendente da Escola Dominical por 19 anos. O Dr. Floyd W. Tomkins da Igreja da Santa Trindade assim referiu-se a ele:

“Ele manteve-se nos velhos caminhos, não com um zelo cego que prejudicasse o crescimento cristão, porém com a firme convicção de que a religião de nossos pais é ainda necessária para trazer homens a Deus. Que um homem tal tenha vivido e realizado sua obra, é mais uma prova da eterna presença de Cristo na Igreja”.

Fonte: Histórias de Hinos e Autores – CMA – Conservatório Musical Adventista Belém, Bendita És - Hinário Adventista do Sétimo Dia – Nr. 047

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