Estudo adicional - Lição da Escola Sabatina

 Estudo adicional - Lição da Escola Sabatina
 Estudo adicional - Lição da Escola Sabatina


Sexta-feira, 03 de novembro | Ano Bíblico: Jo 14, 15

Leia, de Ellen G. White, “Cristo, o Centro da Mensagem”, p. 388, em Mensagens Escolidas, v. 1; “A Vocação de Abraão”, p. 125-127; “A Lei e as Alianças”, p. 363, 364, em Patriarcas e Profetas; “O Sermão da Montanha”, p. 307, 308; “Conflito”, p. 608; “Está Consumado”, p. 762, 763, em O Desejado de Todas as Nações.
“Ora, ao que trabalha, o salário não é considerado como favor, e sim como dívida” (Rm 4:4). O apóstolo explicou nesse verso a passagem citada (Gn 15:4-6) para concluir e provar que a justificação é pela fé e não pelas obras. Ele fez isso, em primeiro lugar, ao explicar o significado das palavras ‘e isso lhe foi imputado para justiça’. Essas palavras explicam que Deus recebe (pecadores) pela graça e não por causa de suas obras” (Martinho Lutero, Commentary on Romans [Comentário Sobre Romanos], p. 82).

“Se Satanás consegue levar o homem a valorizar suas próprias obras como obras de mérito e justiça, ele sabe que pode vencê-lo mediante suas tentações e fazer dele sua vítima e presa […]. Passe nos batentes das portas o sangue do Cordeiro do Calvário, e estarás seguro” (Ellen G. White, Advent Review and
Sabbath Herald, 3 de setembro de 1889).

Perguntas para discussão

1. Por que é importante entender a salvação somente pela fé, sem as obras da lei? De quais erros esse conhecimento nos protege? Quais perigos aguardam aqueles que perdem de vista esse ensinamento bíblico crucial?

2. Quais outras razões podemos dar para apoiar a validade da lei de Deus, mesmo quando entendemos que a obediência a ela não nos salva?

3. A questão fundamental no cerne da Reforma é: Como somos salvos? Quais são as diferenças entre protestantes e católicos quanto a esse assunto importante?

4. Sendo pecadores justificados, recebemos a imerecida graça de Deus, contra quem pecamos. Como esse fato deve impactar nossa maneira de lidar com os outros? Somos graciosos para com aqueles que nos prejudicam e realmente não merecem nossa graça nem favor?

Respostas e atividades da semana: 1. V; F. 2. A. 3. Peça que um dos alunos explique à classe o tema da justificação pela fé. 4. Peça aos alunos que façam duplas e encontrem novos personagens do Antigo Testamento a quem a graça alcançou poderosamente. 5. Peça que os alunos relacionem justificação pelas obras à exposição ao pecado. Pergunte a eles se desejam compartilhar suas respostas. 6. Liberta – lei – tutela. 7. Justificado – lei – pecado.

A lei e o pecado - Lição da Escola Sabatina


A lei e o pecado - Lição da Escola Sabatina
A lei e o pecado - Lição da Escola Sabatina

Quinta-feira, 02 de novembro | Ano Bíblico: Jo 12, 13

Muitas vezes ouvimos pessoas dizendo que a lei foi abolida na nova aliança, e então elas citam textos que supostamente provam esse argumento. A lógica por trás dessa afirmação, no entanto, não é muito sólida, nem a teologia.

7. Leia 1 João 2:3-6; 3:4 e Romanos 3:20. O que esses textos revelam sobre a relação entre lei e pecado? Complete as lacunas:

“Ninguém será ___________ diante dEle por obras da ______________, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do ______________” (Rm 3:20).

Há centenas de anos, o escritor irlandês Jonathan Swift escreveu: “Mas será que algum homem dirá que, se as palavras ‘beber’, ‘trapacear’, ‘mentir’ e ‘roubar’ fossem expulsas da língua portuguesa e dos dicionários, deveríamos acordar na manhã seguinte temperantes, honestos, justos e amantes da verdade? Essa seria uma consequência razoável?” (Jonathan Swift, A Modest Proposal and Other satires [Uma Proposta Modesta e Outras Sátiras] [Nova York: Prometheus, 1995] p. 205).

Da mesma forma, se a lei de Deus foi abolida, então por que mentir, assassinar e roubar ainda é pecado ou errado? Se a lei de Deus foi mudada, então a definição de pecado também deve ser mudada. Ou se a lei de Deus foi abolida, então o pecado também deve ser, e quem crê nisso? (Veja também 1Jo 1:7-10, Tg 1:14, 15).

No Novo Testamento, aparecem tanto a lei como o evangelho. A lei mostra o que é o pecado; o evangelho indica o remédio para esse pecado, que é a morte e a ressurreição de Jesus. Se não há lei, não há pecado, e então, do que somos salvos? Somente no contexto da lei e em sua validade continuada o evangelho tem sentido.

Muitas vezes ouvimos que a cruz anulou a lei. Isso é bastante irônico, pois a cruz mostra que a lei não pode ser revogada nem alterada. Se Deus não revogou nem mesmo mudou a lei antes de Cristo morrer na cruz, por que fazê-lo depois? Por que não se livrar da lei depois que o homem pecou e assim poupá-lo da punição legal que a transgressão da lei acarreta? Dessa maneira, Jesus nunca precisaria ter morrido. A morte de Jesus mostra que, se a lei pudesse ter sido alterada ou abolida, isso deveria ter sido feito antes da cruz, não depois. Portanto, nada revela mais a validade continuada da lei do que a morte de Jesus, uma morte que ocorreu precisamente porque a lei não podia ser mudada. Se a lei pudesse ter sido alterada para satisfazer nossa condição caída, isso não teria sido uma solução melhor para o problema do pecado do que Jesus ter que morrer?


Se não existisse a lei divina contra o adultério, esse ato causaria menos dor e mágoa às vítimas da infidelidade? Sua resposta o ajuda a entender por que a lei de Deus ainda está em vigor? Qual tem sido sua experiência com as consequências da transgressão da lei de Deus?

Lei e fé - Lição da Escola Sabatina

 Lei e fé - Lição da Escola Sabatina
 Lei e fé - Lição da Escola Sabatina

Quarta-feira, 01 de novembro | Ano Bíblico: Jo 10, 11

Como vimos ontem, Paulo mostrou que a maneira pela qual Deus tratou Abraão prova que a salvação vem mediante a promessa da graça e não por meio da lei. Portanto, se os judeus desejassem ser salvos, teriam que abandonar a confiança em suas obras e aceitar a promessa abraâmica, agora cumprida na vinda do Messias. Assim também é para todos, judeus ou gentios, que pensam que suas “boas” obras são tudo o que é necessário para torná-los justos diante de Deus.

5. “O princípio de que o homem pode se salvar por suas próprias obras, […] está na base de toda religião pagã […]. Onde quer que seja mantido, os homens não têm barreira contra o pecado” (Ellen G. White, O Desejado de Todas as Nações, p. 21). O que isso significa? Por que a ideia de que podemos nos salvar por meio de nossas obras nos deixa tão abertos ao pecado?

6. Como Paulo explicou a relação entre a lei e a fé em Gálatas? (Veja Gl 3:21-23). Complete as lacunas:

A fé nos _________________ de estar debaixo da _________________, sob sua _________________.

Se houvesse uma lei que pudesse dar vida, certamente teria sido a lei de Deus. No entanto, Paulo disse que nenhuma lei pode dar vida, nem mesmo os mandamentos de Deus, pois todos transgrediram essa lei e, portanto, todos são condenados por ela.

Mas a promessa da fé, mais plenamente revelada por Cristo, liberta todos os crentes da condição em que estão “debaixo da lei”; isto é, a situação em que são condenados e oprimidos por tentar ganhar a salvação por meio dela. A lei se torna um fardo quando é apresentada sem fé, sem graça, pois sem fé, sem graça, sem a justiça que vem pela fé, estar debaixo da lei significa estar debaixo do fardo e da condenação do pecado.



A justificação pela fé é algo fundamental em sua caminhada com Deus?

De 19 a 26 de novembro, teremos o evangelismo de colheita, em toda a América do Sul. Para alcançar sucesso, é essencial: (1) realizar o trabalho das classes bíblicas; (2) acompanhar os resultados da atuação das duplas missionárias; (3) desafiar cada pessoa a orar por um amigo e convidá-lo a assistir ao evangelismo; (4) fortalecer os ministérios de visitação e recepção.

A promessa - Lição da Escola Sabatina


A promessa - Lição da Escola Sabatina
A promessa - Lição da Escola Sabatina

Terça-feira, 31 de outubro | Ano Bíblico: Jo 7–9


Hoje faz 500 anos que Martinho Lutero pendurou suas 95 teses na porta da igreja de Wittenberg. É maravilhoso o fato de que o assunto de hoje também aborda a essência da salvação pela fé.

Em Romanos 4:13, “promessa” e “lei” são contrastadas. Paulo estava buscando estabelecer um pano de fundo do Antigo Testamento para seu ensino da justificação pela fé. Ele encontrou um exemplo em Abraão, a quem todos os judeus aceitavam como antepassado deles. A aceitação ou a justificação havia ocorrido para Abraão completamente à parte da lei. Deus fez uma promessa a Abraão de que ele seria “herdeiro do mundo”. Abraão creu nessa promessa; ou seja, ele aceitou a função que ela envolvia. Como resultado, Deus o aceitou e trabalhou por meio dele para salvar o mundo. Esse é um exemplo poderoso de como a graça atuava no Antigo Testamento e, sem dúvida, foi por isso que Paulo o usou.

4. Leia Romanos 4:14-17. De que maneira Paulo continuou mostrando como a salvação pela fé era central no Antigo Testamento? Veja também Gl 3:7-9.

Como dissemos no início, é importante considerar as pessoas para quem Paulo estava escrevendo. Esses cristãos judeus estavam imersos na lei do Antigo Testamento, e muitos deles acreditavam que sua salvação dependia de quão bem eles guardassem a lei, embora o Antigo Testamento não ensinasse isso.

Na tentativa de corrigir esse equívoco, Paulo argumentou que Abraão recebeu as promessas mesmo antes da lei no Sinai, não pelas obras da lei (o que teria sido difícil, uma vez que a lei – isto é, toda a Torá e o sistema cerimonial – ainda não estavam em vigor), mas pela fé.

Se Paulo estivesse se referindo exclusivamente à lei moral ali, a que existia em princípio mesmo antes do Sinai, o argumento permanece o mesmo. Talvez ainda mais! Buscar receber as promessas de Deus por meio da lei, ele disse, torna a fé vazia, até inútil. Essas são palavras fortes, mas seu argumento foi que a fé salva, e a lei condena. Ele estava tentando ensinar sobre a inutilidade de buscar a salvação mediante a mesma coisa que nos leva à condenação. Todos nós, judeus e gentios, transgredimos a lei e, portanto, todos necessitamos da mesma coisa de que Abraão necessitou: a justiça salvadora de Jesus creditada a nós pela fé, a verdade que por fim levou à Reforma Protestante.

Dívida ou graça? - Lição da Escola Sabatina


Dívida ou graça? - Lição da Escola Sabatina
Dívida ou graça? - Lição da Escola Sabatina


Segunda-feira, 30 de outubro | Ano Bíblico: Jo 4–6



A questão com a qual Paulo estava lidando era muito mais do que apenas teologia. Ela vai à essência da salvação e do nosso relacionamento com Deus.
Se alguém acredita que deve merecer aceitação, que deve chegar a um certo padrão de santidade antes de ser justificado e perdoado, então é muito natural olhar para si mesmo e para as próprias obras. A religião pode se tornar excessivamente egocêntrica, a última coisa de que alguém precisa.

Em contrapartida, se alguém compreende a grande notícia de que a justificação é um dom de Deus, totalmente imerecido, é muito mais fácil e natural que essa pessoa dirija seu foco para o amor e a misericórdia de Deus, não para si mesmo.

Afinal, quem refletirá mais o amor e o caráter de Deus: o egocêntrico ou aquele que está centrado em Deus?

3. Leia Romanos 4:6-8. Como Paulo expandiu o tema da justificação pela fé?

“O pecador tem que ir a Cristo, com fé, apropriar-se de Seus méritos, depor seus pecados sobre o Portador dos pecados e receber Seu perdão. Foi por causa disso que Cristo veio ao mundo. Assim é imputada a justiça de Cristo ao pecador arrependido e crente. Torna-se então membro da família real” (Ellen G. White, Mensagens Escolhidas, v. 1, p. 215).

Paulo continuou explicando que a salvação pela fé não era apenas para os judeus, mas também para os gentios (Rm 4:9-12). Na verdade, tecnicamente, Abraão não era judeu; ele veio de uma linhagem pagã (Js 24:2). A distinção entre gentios e judeus não existia em seu tempo. Quando Abraão foi justificado (Gn 15:6), ele nem mesmo foi circuncidado. Assim, Abraão se tornou pai de ambos, circuncisos e incircuncisos, bem como um grande exemplo que Paulo pôde usar para apresentar seu argumento sobre a universalidade da salvação. A morte de Cristo foi em favor de todos, independentemente da origem ou nacionalidade (Hb 2:9).



Considerando a universalidade da cruz e o que ela nos revela sobre o valor de cada ser humano, por que é tão terrível o preconceito racial, étnico ou nacional? Somos preconceituosos? Como vencer essa atitude?


Fortaleça sua vida por meio do estudo da Palavra de Deus: acesse o site http://reavivadosporsuapalavra.org/

A lei - Lição da Escola Sabatina

A lei - Lição da Escola Sabatina
A lei - Lição da Escola Sabatina

Domingo, 29 de outubro | Ano Bíblico: Jo 1–3


1. Qual é o argumento de Paulo em Romanos 3:31? Por que ele é tão importante? Assinale “V” para verdadeiro ou “F” para falso:

A.( ) Embora sejamos salvos pela graça mediante a fé, a obediência à lei moral continua valendo. A lei mantém sua função ética.

B.( ) A lei é superior à fé. Devemos nos apegar à lei, pois cumprindo-a, seremos salvos.

Nessa passagem, Paulo afirmou enfaticamente que a fé não anula a lei de Deus. Porém, mesmo aqueles que guardavam a lei ou todo o corpo de leis do Antigo Testamento nunca foram salvos por essa prática. A religião do Antigo Testamento, assim como a do Novo, sempre teve como base a graça de Deus, concedida aos pecadores pela fé.

2. Leia Romanos 4:1-8. Por que no Antigo Testamento a salvação era pela fé e não pelas obras da lei? Assinale a alternativa correta:

A.( ) Abraão se tornou justo porque creu; Davi afirmou que é feliz aquele a quem Deus atribui justiça, independentemente da lei.

B.( ) Abraão teve que demonstrar que merecia ser salvo. Davi recomendou obediência à lei como meio de salvação.

De acordo com essa narrativa do Antigo Testamento, Abraão foi considerado justo porque “creu em Deus”. Portanto, o próprio Antigo Testamento ensina a justificação pela fé. Assim, é falsa a conclusão de que a fé “anula” (do grego katargeo, que significa “torna inútil” ou “invalida”) a lei. A salvação pela fé faz parte do Antigo Testamento. A graça é ensinada em todas as suas páginas. Por exemplo, o que foi o ritual do santuário, senão uma representação de como os pecadores são salvos, não por suas próprias obras, mas pela morte de um substituto?

Além disso, o que mais pode explicar o perdão concedido a Davi após seu caso sórdido com Bate-Seba? Certamente, não foi a lei que o salvou, pois ele transgrediu tantos princípios da lei que ela o condenou em inúmeros aspectos. Se Davi tivesse que ser salvo pela lei, ele jamais teria alcançado a salvação.

Paulo apresentou a restauração de Davi ao favor divino como um exemplo de justificação pela fé. O perdão foi um ato da graça de Deus. Aqui, então, está outro exemplo de justificação pela fé no Antigo Testamento. Na verdade, por mais legalistas que muitas pessoas fossem no antigo Israel, a religião judaica sempre foi uma religião da graça. O legalismo foi uma perversão dela, não seu fundamento.



Reflita sobre o pecado e a restauração de Davi (2Sm 11; 12; Sl 51). Que esperança você tem a partir dessa história? Como devemos tratar aqueles que caíram?

A fé de Abraão - Lição da Escola Sabatina

A fé de Abraão - Lição da Escola Sabatina
A fé de Abraão - Lição da Escola Sabatina

Lição 5 | 28 de outubro a 04 de novembro


Sábado à tarde | Ano Bíblico: Lc 23, 24


VERSO PARA MEMORIZAR: “Anulamos, pois, a lei pela fé? Não, de maneira nenhuma! Antes, confirmamos a lei” (Rm 3:31).

LEITURAS DA SEMANA: Gn 15:6; 2Sm 11; 12; Rm 3:20, 31; 4:1-17; Gl 3:21-23; 1Jo 3:4

Em muitos aspectos, Romanos 4 vai ao fundamento da doutrina bíblica da salvação unicamente pela fé e ao cerne do que foi iniciado pela Reforma Protestante. Nesta semana, esse movimento que começou com Lutero completa 500 anos, e os protestantes fiéis nunca olharam para trás.

Ao usar Abraão, modelo de santidade e virtude, como exemplo de alguém que precisou ser salvo pela graça, sem as obras da lei, Paulo não deixou espaço para equívocos. Se as obras e o cumprimento da lei não foram suficientes para justificar perante Deus aquele que era o “melhor”, que esperança temos? Se a salvação de Abraão teve que ser pela graça, todos os outros, judeus e gentios, devem receber a salvação da mesma forma.

Em Romanos 4, Paulo revelou três etapas principais no plano da salvação: (1) a promessa da bênção divina (a promessa da graça), (2) a resposta humana a essa promessa (a resposta da fé) e (3) o pronunciamento divino da justiça creditada àqueles que creem (justificação). Foi assim com Abraão e é assim conosco.

Para provar seu argumento sobre a salvação unicamente pela fé, Paulo citou as seguintes palavras do livro de Gênesis: “Abrão creu no Senhor, e isso lhe foi creditado como justiça” (Gn 15:6, NVI). Perceba a justificação pela fé em uma das primeiras páginas da Bíblia.


Ensinando princípios saudáveis - Conselhos Sobre o Regime Alimentar

Ensinando princípios saudáveis - Conselhos Sobre o Regime Alimentar
Ensinando princípios saudáveis - Conselhos Sobre o Regime Alimentar

25 - Ensinando princípios saudáveis

Parte 1—Instruções sobre assuntos de saúde

A necessidade da educação quanto à saúde

759. Nunca foram mais necessários os conhecimentos dos princípios de saúde, do que o são na atualidade. Não obstante os maravilhosos progressos em tantos ramos relativos aos confortos e comodidades da vida, mesmo no que respeita a questões sanitárias e tratamento de moléstias, é alarmante o declínio do vigor físico e do poder de resistência. Isto reclama a atenção de todos quantos levam a sério o bem-estar de seus semelhantes. Nossa civilização artificial está fomentando males que destroem os sãos princípios. Os costumes e as modas se acham em guerra com a natureza. As práticas a que eles obrigam, e as condescendências que fomentam, estão diminuindo rapidamente a resistência física e mental, e trazendo sobre a raça insuportável fardo. A intemperança e o crime, a doença e a miséria, encontram-se por toda parte. Muitos transgridem as leis da saúde devido à ignorância, e necessitam instruções. A maioria, porém, sabe melhor do que aquilo que pratica. Estes precisam ser impressionados quanto a importância de tornar o conhecimento que têm um guia de vida.—A Ciência do Bom Viver, 125, 126 (1905). 760. Grande é a necessidade existente de conhecimentos quanto à reforma dietética. Hábitos errôneos de alimentação, e o uso de comidas nocivas, são em grande parte responsáveis pela intemperança, o crime e a ruína que infelicitam o mundo. — A Ciência do Bom Viver, 146 (1905). 761. Se quisermos elevar a norma moral em qualquer país aonde formos chamados, precisamos começar corrigindo seus hábitos físicos. A virtude do caráter depende da justa ação das faculdades da mente e do corpo. — [Medical Missionary, Novembro-Dezembro de [442] 1892] Conselhos Sobre Saúde, 505. 378

Muitos serão esclarecidos

762. O Senhor me tem revelado que muitos, muitos serão salvos de degenerescência física, mental e moral por meio da influência prática da reforma de saúde. Far-se-ão conferências sobre a saúde; multiplicar-se-ão as publicações. Os princípios da reforma de saúde serão recebidos com agrado, e muitos serão esclarecidos. As influências que estão associadas com a reforma de saúde a recomendarão ao julgamento de todos os que desejam luz; e eles se adiantarão passo a passo para receber as verdades especiais para este tempo. Assim verdade e justiça se encontrarão. ... O evangelho e a obra médico-missionária têm de avançar juntos. O evangelho precisa estar ligado aos princípios da verdadeira reforma de saúde. O cristianismo tem de ser introduzido na vida prática. Uma obra reformatória fervorosa, completa, precisa de ser feita. A verdadeira religião bíblica é uma emanação do amor de Deus pelo homem caído. O povo de Deus deve avançar em linha reta, para impressionar o coração dos que estão buscando a verdade, que desejam fazer sua parte retamente nesta época intensamente séria. Cumpre-nos apresentar os princípios da reforma de saúde ao povo, envidando tudo quanto está ao nosso alcance para fazer com que homens e mulheres vejam a necessidade desses princípios e os ponham em prática.— Obreiros Evangélicos, 242, 232. Esforços pioneiros no ensino dos princípios da reforma de saúde 763. Quando foi realizada a feira do Estado em Battle Creek [1864], nosso povo levou para o terreno três ou quatro fogões, e demonstraram como se podem preparar boas refeições sem o emprego de alimentos cárneos. Foi-nos dito que pusemos a melhor mesa no terreno. Sempre que grandes reuniões são realizadas, é vosso privilégio tomar providências para prover os que as vão assistir com alimento saudável, e deveis tornar esses esforços educativos. Deu-nos o Senhor favor aos olhos do povo, e tivemos muitas maravilhosas oportunidades de demonstrar o que podia ser feito [443] pelos princípios da reforma de saúde a fim de restaurar à saúde aqueles cujos casos haviam sido declarados sem esperança.

Nas reuniões campais e de casa em casa

Devemos envidar maiores esforços para ensinar ao povo as verdades da reforma de saúde. Em toda reunião campal deve ser feito esforço para demonstrar o que pode ser feito no providenciar apetecível, saudável regime de cereais, frutas, nozes e verduras. Em todo lugar em que novos grupos são trazidos à verdade, devem ser ministradas instruções na ciência de preparar alimento saudável. Devem-se escolher obreiros que vão de casa em casa em campanha educativa. —Manuscrito 27, 1906.

A tenda médica no acampamento

764. À medida que nos aproximamos do fim do tempo, cumpre erguer-nos cada vez mais alto quanto à questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Cumpre-nos lutar continuamente para educar o povo, não somente por nossas palavras, mas pelo exemplo. Preceitos e prática aliados têm eficaz influência. Na reunião campal, devem ser ministradas ao povo instruções quanto a assuntos de saúde. Em nossas reuniões na Austrália, eram feitas diariamente palestras sobre assuntos referentes à saúde, sendo despertado profundo interesse. Uma tenda para uso de médicos e enfermeiras achava-se no acampamento, eram dados de graça conselhos médicos, e muitos os buscavam. Milhares de pessoas assistiam às palestras, e ao fim da reunião campal o povo não estava satisfeito de deixar o assunto com o que haviam já aprendido. Em várias cidades em que foram realizadas reuniões campais, alguns dos cidadãos que ocupavam cargos de liderança insistiram em que fosse estabelecido um sanatório filial, prometendo sua cooperação. — Testimonies for the Church 6:112, 113 (1900).

Por exemplo bem como por preceito

765. As grandes reuniões de nosso povo oferecem uma oportunidade excelente para ilustrarem-se os princípios da reforma de saúde. Alguns anos atrás dizia-se muito nessas reuniões relativamente à [444] reforma de saúde e aos benefícios do regime vegetariano; mas ao mesmo tempo alimentos cárneos eram servidos à mesa na tenda de refeições, e vários nocivos artigos alimentícios eram vendidos na tenda das provisões. A fé sem as obras é morta; e as instruções quanto à reforma de saúde, negadas pela prática, não causavam a mais profunda impressão. Em acampamentos posteriores os encarregados têm educado pela prática da mesma maneira que pelo preceito. Carne alguma tem sido servida na tenda de refeições, mas frutas, cereais e verduras têm sido providos em abundância. Ao indagarem as visitas quanto à ausência de carne, é francamente declarada a razão—que a carne não é o artigo mais saudável de alimentação. — Testimonies for the Church 6:112 (1900). [Venda de doces, sorvetes e outras bagatelas no acampamento — 229 e 530]

Em nossos sanatórios

766. A luz que me foi comunicada foi que devia estabelecer-se um sanatório, e que nele deviam-se rejeitar as medicações com drogas, empregando-se métodos simples, racionais de tratamento para a cura das doenças. Nessa instituição o povo devia ser ensinado relativamente à maneira de vestir, respirar e comer de maneira apropriada — a maneira de prevenir a doença por hábitos apropriados de viver. — Carta 79, 1905. [Ver também 458] 767. Nossos sanatórios devem ser meios de esclarecimento para os que ali vêm em busca de tratamento. Deve ser mostrado aos doentes como podem viver com um regime de cereais, frutas, nozes e outros produtos do solo. Recebi instruções no sentido de se fazerem palestras regulares em nossos sanatórios acerca de assuntos de saúde. O povo deve ser ensinado a abandonar os artigos alimentícios que enfraquecem a saúde e a resistência dos seres por quem Cristo deu a própria vida. Os prejudiciais efeitos do chá e do café devem ser mostrados. Os pacientes devem ser ensinados quanto às maneiras por que podem dispensar aqueles artigos de alimentação que prejudicam os órgãos digestivos. ... Mostre-se aos pacientes a necessidade de praticar os princípios referentes à reforma de saúde, caso desejem recuperar a saúde. Mostre-se-lhes como se restabelecer sendo temperantes no comer e fazendo exercício regular ao ar livre. ... Pela obra de nossos sanatórios, deve ser aliviado o sofrimento e restaurada a saúde. Ao povo deve ser ensinado como, pelo cuidado [445] no comer e beber, podem conservar-se bem. ... A abstinência do alimento cárneo beneficiará os que assim procederem. A questão do regime é um assunto de vivo interesse. ... Nossos sanatórios são estabelecidos para um fim especial, para ensinar ao povo que não vivemos para comer, mas comemos para viver. —Carta 233, 1905.

Educar pacientes na enfermagem doméstica

768. Conservai os pacientes ao ar livre o quanto possível, e fazeilhes animadoras e felizes palestras no salão, com leituras simples e lições bíblicas, de fácil compreensão, o que serão uma animação para a alma. Falai sobre a reforma de saúde, e não vos torneis, meu irmão, sobrecarregado em tantos sentidos que não vos seja possível ensinar as lições simples concernentes à reforma de saúde. Os que saem do sanatório devem ir tão bem instruídos que possam ensinar a outros os métodos de tratarem sua família. Há perigo de gastar-se demasiado com mecanismos e utensílios que os pacientes nunca poderão usar nas lições a ministrar em família. Ensine-se-lhes antes a regular o regime, de modo que o maquinismo vivo de todo o ser trabalhe em harmonia. — Carta 204, 1906.

Instruções a serem dadas acerca da temperança

769. Em nossas instituições médicas devem ser dadas instruções claras com relação à temperança. Aos pacientes deve ser mostrado o mal da bebida intoxicante, e a bênção da abstinência total. Devese- lhes pedir que abandonem as coisas que lhes têm arruinado a saúde, sendo o lugar delas substituído com abundância de fruta. Laranjas, limões, ameixas, pêssegos e muitas outras variedades se podem obter; pois o mundo do Senhor é produtivo, uma vez que se envidem diligentes esforços.— Carta 145, 1904. 770. Os que estão em luta com o poder do apetite, devem ser instruídos nos princípios do viver saudável. Deve-se-lhes mostrar [446] que a violação das leis da saúde, criando um estado enfermo e desejos não naturais, lança as bases para o hábito das bebidas alcoólicas. Unicamente vivendo em obediência aos princípios da saúde, podem eles se libertar da sede de estimulantes contrários à natureza. Ao passo que dependem da força divina para quebrar as cadeias do apetite, devem cooperar com Deus pela obediência a Suas leis, tanto as morais, como as físicas. — A Ciência do Bom Viver, 177 (1905).

Requer-se ampla reforma de saúde

771. Qual é a obra especial que somos chamados a realizar em nossas instituições de saúde? Em vez de dar, por preceito e exemplo, instrução na condescendência com o apetite pervertido, fazei-o no sentido contrário. Erguei o estandarte da reforma em todos os aspectos. O apóstolo Paulo alçou a voz: “Rogo-vos pois, irmãos, pela compaixão de Deus, que apresenteis os vossos corpos em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso culto racional. E não vos conformeis com este mundo, mas transformaivos pela renovação do vosso entendimento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus.” Nossas instituições de saúde são estabelecidas para apresentarem os princípios vivos do regime limpo, puro, saudável. Importa comunicar o conhecimento concernente à abnegação, ao domínio de si mesmo. Jesus, que fez e redimiu o homem, deve ser exaltado perante todos quantos vierem a nossas instituições. O conhecimento do caminho da vida, paz, saúde, deve ser ministrado regra sobre regra, preceito sobre preceito, para que homens e mulheres vejam a necessidade da reforma. Importa que eles sejam levados a renunciar aos aviltantes costumes e práticas que existiam em Sodoma e no mundo antediluviano, que Deus destruiu em razão de sua iniqüidade. Mateus 24:37-39. ... Todos quantos visitarem nossas instituições de saúde devem ser instruídos. Deve ser apresentado perante todos, poderosos e humildes, ricos e pobres, o plano da salvação. Cumpre serem dadas instruções cuidadosamente preparadas, para que a condescendência com a intemperança em moda no comer e beber seja vista como a causa de doença e sofrimento e das más práticas que a seguem em resultado.— Manuscrito 1, 1888. [Como operar reformas no regime alimentício—426] [447]

Folhas da árvore da vida

772. Foi-me indicado que a obra a ser feita no tocante à reforma de saúde não deve sofrer atraso algum. Por meio dessa obra é que alcançaremos almas, nos caminhos e valados. Foi-me mostrado muito especialmente que, por meio dos nossos sanatórios, muitas almas receberão a verdade presente e a ela obedecerão. Nessas instituições, tanto homens como mulheres devem ser ensinados a cuidar do próprio corpo, bem como a firmar-se na fé. Deve-se-lhes ensinar a significação de comer a carne e beber o sangue do Filho de Deus. Disse Cristo: “As palavras que Eu vos disse são espírito e vida.” João 6:63. Nossos sanatórios devem ser escolas em que o ensino deverá seguir os moldes missionário-médicos. Devem dar às almas feridas pelo pecado, as folhas da árvore da vida, que lhes devolverão a paz, a esperança e a fé em Jesus Cristo.—Testimonies for the Church 9:168 (1909); Testemunhos Selectos 3:367.

Preparo para orar pedindo cura

773. É trabalho perdido ensinar o povo a volver-se para Deus como Aquele que lhes cura as enfermidades, a menos que sejam também ensinados a renunciar aos hábitos nocivos. Para que recebam Sua bênção em resposta à oração, devem cessar de fazer o mal e aprender a fazer o bem. Seu ambiente deve ser higiênico, corretos os seus hábitos de vida. Devem viver em harmonia com a lei de Deus, tanto a natural, como a espiritual. — A Ciência do Bom Viver, 227, 228 (1905). A responsabilidade do médico quanto a esclarecer seus pacientes 774. As instituições de saúde para os doentes serão os melhores lugares para educar os sofredores a viverem de acordo com as leis da Natureza, e deixarem suas práticas destruidoras da saúde nos hábitos errôneos no regime, no vestuário, que estão em harmonia com os errados hábitos e costumes do mundo, os quais não são absolutamente segundo a orientação de Deus. Elas estão fazendo uma boa obra para esclarecer nosso mundo. ... Há agora positiva necessidade, mesmo no que respeita a médicos, [448] reformadores no sentido do tratamento das doenças, de que esforços mais conscienciosos sejam feitos para levar para a frente e para cima a obra por si próprios, e para instruir interessadamente aqueles que deles esperam competência médica para verificar a causa de suas enfermidades. Eles lhes devem chamar a atenção de maneira especial às leis estabelecidas por Deus, as quais não podem ser impunemente violadas. Eles se detêm muito na operação da doença, mas, em regra geral, não despertam a atenção para as leis que devem ser sagrada e inteligentemente obedecidas a fim de evitá-la. Especialmente se o médico não tem sido correto em seus hábitos dietéticos, se seu próprio apetite não tem sido restringido a um regime simples e são, rejeitando em grande maneira o uso de carne de animais mortos — ele ama a carne — educou e cultivou o gosto pelos alimentos prejudiciais à saúde. Ele tem idéias estreitas, e mais depressa educará e disciplinará o gosto e o apetite de seus pacientes no sentido de amarem as coisas que ele ama, do que lhes comunicará os sãos princípios da reforma de saúde. Prescreverá carne para os doentes, quando esta é o pior regime que lhes possa ser dado — estimula, mas não fortalece. Eles não examinam seus hábitos anteriores de comer e beber, notando especialmente seus hábitos errôneos, os quais estiveram por anos a deitar o fundamento da doença. Médicos conscienciosos devem ser preparados para esclarecerem os ignorantes, e com sabedoria fazerem suas prescrições, proibindo os artigos que sabem ser errôneos do regime deles. Devem declarar positivamente as coisas que consideram nocivas às leis da saúde, e deixarem que esses sofredores operem conscienciosamente no fazer por si mesmos as coisas que lhes é possível efetuar, colocandose assim na devida relação para com as leis da vida e da saúde. — Manuscrito 22, 1887. [Dever dos médicos e auxiliares no sentido de educar os próprios gostos— 720] [A responsabilidade do médico quanto a educar pela pena e pela palavra na cozinha saudável— 582] [Doentes do Retiro da Saúde serem educados no afastamento do regime cárneo— 720]

Solene encargo

775. Quando um médico vê que um paciente está padecendo de um mal causado por comer e beber impróprios, e todavia negligencia [449] dizer-lhe isto, e indicar-lhe a necessidade de reforma, está causando dano a um semelhante. Ébrios, maníacos, os que se entregam à licenciosidade — apelam todos para o médico para que lhes declare positiva e distintamente que o sofrimento é resultado do pecado. Recebemos grande luz no que concerne à reforma de saúde. Por que, então, não somos mais decididos na sinceridade do combate às causas que produzem moléstias? Vendo o conflito contínuo com a dor, trabalhando constantemente para aliviar o sofrimento, como podem nossos médicos ficar quietos? Podem eles refrear-se de erguer a voz em advertência? São eles caridosos e misericordiosos se não ensinam estrita temperança como um remédio para a doença? — Testimonies for the Church 7:74, 75 (1902).

Coragem moral exigida pelos reformadores

776. Grande soma de bem pode ser feita esclarecendo todos aqueles a quem temos acesso, como o melhor meio, não somente de curar os doentes, mas de prevenir doença e sofrimento. Os médicos que se esforçam para esclarecer seus pacientes acerca da natureza e causas das moléstias que sofrem, e ensinar-lhes a maneira de evitá-las, podem ter tarefa árdua; se, porém, ele for consciencioso reformador, falará claramente sobre os ruinosos efeitos da condescendência consigo mesmo no comer, beber e vestir, da sobrecarga das forças vitais que levou seus pacientes ao ponto em que se encontram. Não acrescentará o mal ministrando drogas até que a natureza exausta abandone a luta, mas ensinará os pacientes a formarem hábitos corretos, e ajudarem a Natureza em sua obra de restauração mediante uso sábio de seus próprios remédios simples. Em todas as nossas instituições médicas, deve ser tornado aspecto especial do trabalho o dar instruções referentes às leis da saúde. Os princípios da reforma de saúde devem ser cuidadosa e cabalmente apresentados perante todos, tanto pacientes como auxiliares. Esta obra requer coragem moral; pois ao passo que muitos aproveitarão tais esforços, outros se ofenderão. Os verdadeiros discípulos de Cristo, porém, aqueles cuja mente se encontra em harmonia com a mente de Deus, enquanto aprendem constantemente, vão ensinando também, levando a mente de outros para o alto, para longe dos erros dominantes no mundo.—Christian Temperance and Bible Hygiene, [450] 121; Conselhos Sobre Saúde, 451, 452 (1890).

Cooperação de sanatórios e escolas

777. Tem sido claramente mostrado que nossas instituições educativas devem estar ligadas a nossos sanatórios sempre que seja possível. A obra das duas instituições deve unir-se. Sinto-me grata por termos uma escola em Loma Linda. O talento educacional de médicos competentes é uma necessidade às escolas em que evangelistas médico-missionários devem ser preparados para o serviço. Os alunos na escola devem ser ensinados a ser estritos reformadores no terreno da saúde. As instruções ministradas quanto à doença e suas causas, e como evitá-la, e o preparo dado no tratamento dos doentes, demonstrar-se-ão inapreciáveis, e daquelas que os alunos de todas as nossas escolas devem receber. Essa união de nossas escolas e sanatórios provar-se-á vantajosa em muitos sentidos. Mediante as instruções proporcionadas pelo sanatório, os alunos aprenderão a evitar a formação de descuidados e intemperantes hábitos no comer. —Carta 82, 1908.

Na obra evangelística e nas missões urbanas

778. Como um povo, foi-nos dada a obra de tornar conhecidos os princípios da reforma de saúde. Alguns há que pensam que a questão do regime alimentar não seja de importância suficiente para ser incluída em seu trabalho evangélico. Mas esses cometem um grande erro. A Palavra de Deus declara: “Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus.” 1 Coríntios 10:31. O assunto da temperança, em todas as suas modalidades, tem lugar importante na obra da salvação. Em conexão com nossas missões de cidade deveria haver cômodos apropriados, em que aqueles nos quais se despertou interesse possam reunir-se para ser instruídos. Esta obra necessária não deve ser efetuada de modo tão pobre que se faça impressão desfavorável sobre o espírito do povo. Tudo que é feito deve dar testemunho favorável em prol do Autor da verdade, e deve de modo apropriado representar a santidade e importância das verdades da terceira mensagem angélica. — Testimonies for the Church 9:112 (1909); Obreiros Evangélicos, 347. [451] 779. Em todas as nossas missões, mulheres inteligentes devem ser encarregadas dos arranjos domésticos—mulheres que saibam preparar bem e saudavelmente o alimento. A mesa deve achar-se abundantemente suprida de comidas da melhor qualidade. Se alguém, de gosto pervertido, anseia chá, café, condimentos, e pratos nocivos à saúde, esclarecei-o. Buscai despertar a consciência. Ponde-lhes diante os princípios bíblicos quanto à saúde.—Christian Temperance and Bible Hygiene, 117; Conselhos Sobre Saúde, 449, 450 (1890).

Ensinem os pastores os princípios da reforma

780. Cumpre-nos educar-nos a nós mesmos, não somente em viver em harmonia com as leis da saúde, mas em ensinar a outros o melhor caminho. Muitos, mesmo dos que professam crer nas verdades especiais para este tempo, são lamentavelmente ignorantes no que se relaciona com a saúde e a temperança. Esses necessitam ser instruídos, regra sobre regra, preceito sobre preceito. O assunto precisa ser conservado sempre novo diante deles. Essa questão não deve ser passada por alto como não sendo essencial; pois quase toda família necessita ser despertada a seu respeito. A consciência precisa ser despertada para o dever de praticar os princípios da verdadeira reforma. Deus requer que Seus filhos sejam temperantes em todas as coisas. A menos que pratiquem genuína temperança, não podem nem desejarão ser susceptíveis à santificadora influência da verdade. Nossos ministros devem tornar-se inteligentes nesta questão. Não a devem ignorar, nem se desviar pelos que os chamam extremistas. Verifiquem o que constitui a verdadeira reforma de saúde, e ensinem-lhe os princípios, tanto por preceito, como por tranqüilo e coerente exemplo. Em nossas reuniões grandes, devem ser ministradas instruções quanto à saúde e à temperança. Buscai despertar o intelecto e a consciência. Ponde no serviço todo talento de que dispondes, e secundai o trabalho com publicações acerca da matéria. “Educai, educai, educai”, é a mensagem que me tem sido incutida. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 117; Conselhos Sobre Saúde, 449 (1890). 781. Ao aproximar-nos do fim do tempo, precisamos erguer-nos [452] mais e mais alto na questão da reforma de saúde e temperança cristã, apresentando-a de maneira mais positiva e decidida. Precisamos esforçar-nos continuamente para educar o povo, não apenas por palavras, mas por nossa maneira de viver. O preceito e a prática aliados, possuem uma influência poderosa.—Testimonies for the Church 6:112 (1900); Testemunhos Selectos 2:400. Apelo a pastores, presidentes de associações e outros dirigentes 782. Nossos pastores se devem tornar entendidos quanto à reforma de saúde. Eles devem compreender as leis que regem a vida física, e sua ação sobre a saúde da mente e da alma. Milhares e milhares pouco sabem quanto ao maravilhoso corpo que Deus lhes deu, ou do cuidado que ele deve receber; consideram de mais importância o estudar assuntos de muito menos conseqüência. Os pastores têm aí uma obra a fazer. Quando eles se colocarem a esse respeito na devida posição, muito será conseguido. Devem obedecer às leis da vida em sua maneira de viver e em sua casa, praticando os sãos princípios, e vivendo saudavelmente. Então estarão habilitados a falar acertadamente a esse respeito, levando o povo cada vez mais acima na obra da reforma. Vivendo eles próprios na luz, podem apresentar uma mensagem de grande valor aos que se acham em necessidade desses mesmos testemunhos. Há preciosas bênçãos e ricas experiências a serem alcançadas se os pastores unirem a apresentação da questão da saúde com todos os seus trabalhos nas igrejas. O povo precisa receber a luz sobre a reforma de saúde. Essa obra tem sido negligenciada, e muitos estão prestes a perecer, por necessitarem da luz que devem e precisam ter para que abandonem as condescendências egoístas. Os presidentes de nossas associações devem compreender que é bem tempo de eles tomarem a devida posição neste assunto. Pastores e professores devem transmitir aos outros a luz que têm recebido. Sua obra é necessária em toda linha. Deus os ajudará; Ele fortalecerá Seus servos para que fiquem firmes, e não sejam abalados na verdade [453] e justiça para se acomodar à satisfação egoísta. A obra de educar nos ramos médico-missionários é um passo avançado de grande importância no despertar os homens quanto a suas responsabilidades morais. Houvessem os pastores lançado mãos a essa obra em seus vários departamentos em harmonia com a luz comunicada por Deus, e teria havido a mais decidida reforma no comer, beber e vestir. Mas alguns se têm justamente atravessado no caminho da marcha da reforma de saúde. Têm segurado o povo para trás por suas indiferentes ou condenatórias observações, ou por gracejos e pilhérias. Eles próprios e grande número de outros têm sofrido a ponto de morrer, mas nem todos aprenderam ainda a sabedoria. Tem sido apenas por meio de luta ativa que se tem feito algum progresso. O povo tem sido contrário a negar-se a si mesmo, contrário a render a mente e a vontade à vontade de Deus; e em seus próprios sofrimentos, e em sua influência sobre outros, têm compreendido o seguro resultado de tal conduta. A igreja está fazendo história. Cada dia é uma batalha e uma marcha. Achamo-nos a cada lado assediados por inimigos invisíveis; e, ou vencemos pela graça que nos é dada por Deus ou somos vencidos. Insisto em que os que têm tomado atitude neutra quanto à reforma de saúde se convertam. Preciosa é esta luz, e o Senhor dáme a mensagem de instar para que todos que têm responsabilidades em qualquer ramo da obra de Deus cuidem que essa verdade tenha ascendência no coração e na vida. Unicamente assim pode alguém enfrentar as tentações que seguramente há de encontrar no mundo. Fracasso em praticar a reforma de saúde desqualifica para o ministério Por que manifestam alguns de nossos irmãos pastores, tão pouco interesse na reforma de saúde? É porque as instruções quanto à temperança em todas as coisas se acham em oposição a sua prática de condescendência consigo mesmos. Em alguns lugares isto tem sido a grande pedra de tropeço no caminho de levarmos o povo a investigar, e praticar e ensinar a reforma de saúde. Homem algum [454] deve ser separado como mestre do povo enquanto seu ensino ou exemplo contradiz o testemunho que Deus deu a Seus servos para apresentar relativamente ao regime, pois isto trará confusão. Sua desconsideração da reforma de saúde desqualifica-o para estar como mensageiro do Senhor. A luz comunicada pelo Senhor sobre esta questão em Sua Palavra é clara, e os homens serão provados e experimentados por muitos modos, a ver se a atendem. Toda igreja, toda família, necessita ser instruída com referência à temperança cristã. Todos devem saber como comer e beber de maneira a conservar a saúde. Achamo-nos entre as cenas finais da história deste mundo; e deve haver ação harmônica nas fileiras dos observadores do sábado. Os que ficam afastados da grande obra de instruir o povo sobre esta questão, não seguem o caminho que tem por guia o grande Médico. “Se alguém quiser vir após Mim”, disse Cristo, “renuncie-se a si mesmo, tome sobre si a sua cruz, e siga-Me.” Mateus 16:24. — Testimonies for the Church 6:376-378 (1900).

Educação doméstica de saúde

783. Os pais devem viver mais para seus filhos, e menos para a sociedade. Estudai assuntos de saúde, e ponde em prática vossos conhecimentos. Ensinai vossos filhos a raciocinar da causa para o efeito. Ensinai-lhes que se desejam ter saúde e felicidade, devem obedecer às leis da natureza. Ainda que não vejais aproveitamento tão rápido como desejaríeis, não desanimeis, mas continuai paciente e perseverantemente vossa obra. Ensinai desde o berço vossos filhos a exercer a abnegação, o domínio de si mesmos. Ensinai-os a gozar as belezas da Natureza, e a exercitar sistematicamente as faculdades da mente e do corpo, em ocupações úteis. Criai-os de modo a terem constituição sã e boa moral, disposição alegre e índole branda. Impressionai-lhes a tenra mente com a verdade de que não é o desígnio divino que vivamos meramente para satisfazer nossas inclinações atuais, mas para nosso bem final. Ensinai-lhes que ceder à tentação é fraqueza e impiedade; resistir-lhe, nobreza e varonilidade. Essas lições serão como sementes lançadas em boa terra, e produzirão frutos que farão a alegria de vosso coração. — A Ciência do Bom Viver, 386 (1905). [455] A obra de Deus estorvada por condescendência egoísta 784. Há uma mensagem acerca da reforma de saúde, a qual deve ser apresentada em todas as igrejas. Há uma obra por fazer em cada escola. Nem a um diretor nem a professores deve ser confiada a educação dos jovens antes que possuam um conhecimento prático deste assunto. Alguns se têm sentido na liberdade de criticar e pôr em dúvida os princípios da reforma de saúde, achando defeitos neles, embora pouco conheçam por experiência. Deviam colocar-se ombro a ombro, coração a coração, com os que trabalham no rumo certo. O assunto da reforma de saúde tem sido apresentado nas igrejas; a luz, porém, não tem sido recebida de coração. As condescendências egoístas, destruidoras da saúde, de homens e mulheres, têm anulado a influência da mensagem que deve preparar um povo para o grande dia de Deus. Se as igrejas esperam ter poder, terão de pôr em prática a verdade que Deus lhes deu. Se os membros de nossas igrejas desprezam a luz sobre este assunto, colherão o resultado certo, em degeneração tanto espiritual como física. E a influência desses membros da igreja mais idosos contagiará os novos na fé. O Senhor não opera agora para trazer muitas almas para a verdade, por causa dos membros da igreja que nunca foram convertidos, e dos que, uma vez convertidos, voltaram atrás. Que influência haviam de ter esses membros não consagrados, sobre os novos conversos? Não tornariam sem efeito a mensagem dada por Deus, a qual Seu povo deve apresentar?—Testimonies for the Church 6:370, 371 (1900).

Cada membro deve partilhar a verdade

785. Atingimos um tempo em que todo membro da igreja deveria lançar mão da obra missionário-médica. O mundo é um hospital repleto de enfermos, tanto física como espiritualmente. Por toda parte morrem pessoas à míngua de conhecimento das verdades que nos foram confiadas. Os membros da igreja carecem de um [456] despertamento, para que possam reconhecer sua responsabilidade de comunicar a outros estas verdades. Os que foram iluminados pela verdade devem ser portadores de luz para o mundo. Esconder nossa luz no tempo atual é cometer um erro terrível. A mensagem para o povo de Deus hoje é: “Levanta-te, resplandece, porque já vem a tua luz, e a glória do Senhor vai nascendo sobre ti.” Por toda parte vemos os que receberam muita luz e conhecimento, escolhendo deliberadamente o mal em lugar do bem. Não fazendo tentativa alguma para reformarem-se, vão-se tornando piores mais e mais. Mas o povo de Deus não deve andar em trevas. Devem andar na luz, pois são reformadores. — Testimonies for the Church 7:62 (1902); Testemunhos Selectos 3:102.

Estabelecer novos centros

786. É positivo dever do povo de Deus ir para as regiões de além. Ponham-se em operação forças para preparar novo terreno, fundar novos centros de influência aonde quer que se encontre uma oportunidade. Concitai obreiros que possuam verdadeiro zelo missionário, e saiam eles a difundir luz e conhecimento, perto e longe. Levem eles os vivos princípios da reforma de saúde para as localidades que, em grande parte, ignoram esses princípios. Formem-se classes, e dêem-se instruções acerca do tratamento de doenças.—Testimonies for the Church 8:148 (1904). 787. Há um vasto campo de serviço para as mulheres, assim como para os homens. A eficiente cozinheira, a costureira, a enfermeira— de todas é necessário o auxílio. Ensinem-se os membros dos lares pobres a cozinhar, a fazer e consertar sua própria roupa, a tratar dos doentes, a cuidar devidamente do lar. Mesmo as crianças devem ser ensinadas a fazer algum serviço de amor e misericórdia pelos menos afortunados do que elas.—Testimonies for the Church 9:36, 37 (1909); Testemunhos Selectos 3:302, 303.

Educadores, avançai!

788. A obra da reforma de saúde é o meio empregado pelo Senhor para diminuir o sofrimento de nosso mundo, e para purificar Sua igreja. Ensinai ao povo que eles podem desempenhar o papel da mão ajudadora de Deus mediante sua cooperação com o Obreiromestre na restauração da saúde física e espiritual. Esta obra traz o selo divino, e há de abrir portas para a entrada de outras verdades [457] preciosas. Há lugar para trabalharem todos quantos efetuarem esta obra inteligentemente. Conservai na frente a obra da reforma de saúde—é a mensagem que sou instruída a apresentar. Mostrai tão claramente o seu valor que se venha a sentir uma vasta necessidade dela. A abstinência de todo alimento e bebida prejudiciais é o fruto da verdadeira religião. Aquele que é perfeitamente convertido abandonará todo hábito e apetite prejudiciais. Pela abstinência total vencerá ele o desejo das condescendências que destroem a saúde. Sou instruída a dizer aos educadores da reforma de saúde: Ide avante! O mundo carece de todo jota da influência que podeis exercer para conter a onda de desgraça moral. Mantenham-se os que ensinam a terceira mensagem angélica leais à sua bandeira.—Testimonies for the Church 9:113 (1909). Parte 2— Como apresentar os princípios da reforma de saúde Tende presente o grande objetivo da reforma 789. Grande é a necessidade existente de conhecimentos quanto à reforma dietética. Hábitos errôneos de alimentação, e o uso de comidas nocivas, são em grande parte responsáveis pela intemperança, o crime e a ruína que infelicitam o mundo. Ensinando os princípios da saúde, mantende diante do povo o grande objetivo da reforma—que seu desígnio é assegurar o mais alto desenvolvimento do corpo, da mente e da alma. Mostrai que as leis da Natureza, sendo as leis de Deus, são designadas para nosso bem; que a obediência às mesmas promove a felicidade nesta vida, e contribui no preparo para a vida por vir. Levai o povo a estudar as manifestações do amor e da sabedoria de Deus nas obras da Natureza. Levai-os a estudar esse maravilhoso organismo que é o corpo humano, e as leis que o regem. Os que percebem as evidências do amor de Deus, que compreendem alguma coisa da sabedoria e beneficência de Suas leis, e os resultados da [458] obediência, virão a considerar seus deveres e obrigações sob um ponto de vista inteiramente diverso. Em vez de olhar a observância das leis da saúde como um sacrifício ou uma abnegação, considerála- ão, como em realidade é, uma inestimável bênção. Todo obreiro evangélico deve sentir que o instruir o povo quanto aos princípios do viver saudável, é uma parte do trabalho que lhe é designado. Grande é a necessidade dessa obra, e o mundo está aberto para ela.— A Ciência do Bom Viver, 146, 147 (1905). 790. Os reclamos de Deus devem impressionar a consciência. Homens e mulheres precisam ser despertados para o dever do império de si mesmos, para a necessidade da pureza, a liberdade de todo aviltante apetite e todo hábito contaminador. Precisam ser impressionados com o fato de que todas as suas faculdades de mente e corpo são dons de Deus, e destinam-se a ser preservadas nas melhores condições possíveis para Seu serviço.—A Ciência do Bom Viver, 130 (1905).

Segui os métodos do Salvador

791. Unicamente os métodos de Cristo trarão verdadeiro êxito no aproximar-se do povo. O Salvador misturava-Se com os homens como uma pessoa que lhes desejava o bem. Manifestava simpatia por eles, ministrava-lhes às necessidades e granjeava-lhes a confiança. Ordenava então: “Segue-Me.” É necessário pôr-se em íntimo contato com o povo mediante esforço pessoal. Se se empregasse menos tempo a pregar sermões, e mais fosse dedicado a serviço pessoal, maiores seriam os resultados que se veriam. Os pobres devem ser socorridos, cuidados os doentes, os aflitos e os que sofreram perdas confortados, instruídos os ignorantes e os inexperientes aconselhados. Cumpre-nos chorar com os que choram, e alegrar-nos com os que se alegram. Aliado ao poder de persuasão, ao poder da oração e ao poder do amor de Deus, esta obra não há de, não pode, ficar sem frutos. Devemos lembrar sempre que o objetivo da obra médicomissionária é encaminhar homens e mulheres e enfermos de pecado ao Homem do Calvário, que tira os pecados do mundo. Contemplando-O, serão eles transformados à Sua imagem. Temos [459] de animar os doentes e sofredores a olharem a Jesus, e viver. Mantenham os obreiros a Cristo, o grande Médico, constantemente diante daqueles a quem a doença física e espiritual levou ao desânimo. Encaminhai-os Àquele que é capaz de curar tanto a moléstia do corpo como a da alma. Falai-lhes dAquele que Se comove diante de suas enfermidades. Animai-os a se colocarem sob o cuidado do que deu Sua vida a fim de tornar possível que eles tenham a vida eterna. Falai de Seu amor; falai de Seu poder para salvar.—A Ciência do Bom Viver, 143, 144 (1905).

Usai tato e cortesia

792. Lembrai-vos, em todo o vosso trabalho, de que vos achais ligados a Cristo, sendo uma parte do grande plano de redenção. O amor de Cristo, numa corrente que cura e vivifica, deve fluir de vossa vida. Ao buscardes atrair outros para o círculo de Seu amor, que a pureza de vossa linguagem, o desinteresse de vosso serviço, o contentamento de vossa conduta, sejam um testemunho ao poder de Sua graça. Oferecei ao mundo uma tão pura e justa representação dEle, que os homens O contemplem em Sua beleza. De pouca utilidade é procurar reformar outros atacando o que podemos considerar maus hábitos. Tais esforços dão muitas vezes em resultado mais dano que bem. Em sua conversa com a samaritana, em lugar de desmerecer o poço de Jacó, Cristo apresentou alguma coisa melhor. “Se tu conheceras o dom de Deus”, disse Ele, “e quem é o que te diz—Dá-Me de beber, tu Lhe pedirias, e Ele te daria água viva.” Desviou a conversa para o tesouro que tinha a dar, oferecendo à mulher alguma coisa melhor do que ela possuía, a própria água viva, a alegria e a esperança do evangelho. Isto é uma ilustração do modo por que devemos trabalhar. Temos de oferecer aos homens alguma coisa melhor do que eles possuem, a própria paz de Cristo, que excede todo o entendimento. Cumpre-nos falar-lhes da santa lei de Deus, a transcrição de Seu caráter, e uma [460] expressão daquilo que Ele quer que se tornem. ... De todos os povos da Terra, deviam ser os reformadores os mais abnegados, os mais bondosos, os mais corteses. Dever-se-ia ver em seus atos a verdadeira bondade dos atos desinteressados. O obreiro que manifesta falta de cortesia, que mostra impaciência ante a ignorância dos outros ou por se acharem extraviados, que fala bruscamente ou procede sem reflexão, pode cerrar a porta de corações por tal maneira que nunca mais lhes seja dado conquistálos.— A Ciência do Bom Viver, 156, 157 (1905).

A reforma do regime deve ser progressiva

793. Desde o início da obra da reforma do regime alimentar, consideramos necessário instruir, instruir, instruir. Deus quer que prossigamos nessa obra de instruir o povo. ... No ensino da reforma do regime alimentar, como em todo outro ramo do evangelho, devemos considerar as pessoas em sua verdadeira situação. Até que possamos ensiná-las a prepararem alimento saudável que seja apetitoso, nutritivo, e ao mesmo tempo econômico, não temos a liberdade de apresentar-lhes as sugestões mais avançadas referentes à reforma alimentar. Seja progressiva a reforma alimentar. Sejam as pessoas ensinadas a preparar o alimento sem o uso de leite ou manteiga. Diga-seEnsinando princípios saudáveis 397 lhes que breve virá o tempo em que não haverá segurança no uso de ovos, leite, creme ou manteiga, por motivo de as doenças nos animais estarem aumentando na mesma proporção do aumento da impiedade entre os homens. Aproxima-se o tempo em que, por motivo da iniqüidade da raça caída, toda criação animal gemerá com as doenças que amaldiçoam a nossa Terra. Deus concederá ao Seu povo habilidade e tato para preparar alimento saudável sem o uso dessas coisas. Rejeite o nosso povo toda receita insalubre. Aprendam a viver de maneira saudável, ensinando a outros o que aprenderam. Partilhem esse conhecimento como o fariam com a instrução bíblica. Ensinem às pessoas a, evitando a grande quantidade de cozimentos que têm enchido o mundo de inválidos crônicos, preservarem a saúde e o vigor. Por preceito e exemplo, esclareçam que o alimento que Deus deu a Adão em seu estado isento de pecado, é o melhor para o uso do homem, ao buscar ele reaver esse estado de pureza. [461] Os que ensinam os princípios da reforma de saúde devem entender de doenças e suas causas, compreendendo que cada ação do agente humano deve estar em perfeita harmonia com as leis da vida. A luz que Deus proporcionou sobre a reforma de saúde é para nossa salvação e a salvação do mundo. Os homens e as mulheres devem ser informados acerca da habitação humana, preparada por nosso Criador como Seu lugar de morada, e sobre o qual deseja Ele que sejamos mordomos fiéis. “Porque vós sois o templo do Deus vivente, como Deus disse: Neles habitarei, e entre eles habitarei; e Eu serei o seu Deus e eles serão o Meu povo.” 2 Coríntios 6:16. Erguei os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor dirija os sinceros de coração. Apresentai os princípios da temperança em sua mais atraente forma. Disseminai os livros que dão instrução acerca do viver saudável.

A influência de nossas publicações acerca da saúde

O povo está em triste necessidade da luz que brilha das páginas de nossos livros e revistas acerca da saúde. Deus deseja usar esses livros e revistas como meios através dos quais raios de luz chamem a atenção do povo, levando-os a dar ouvido à advertência da mensagem do terceiro anjo. Nossas revistas de saúde são instrumentalidades no campo, para fazerem uma obra especial na disseminação da luz de que os habitantes do mundo precisam neste dia da preparação de Deus. Naum 2:3. Elas exercem uma influência indizível nos interesses da saúde e temperança e da reforma de pureza social, e efetuarão grande soma de bem ao apresentar ao povo esses assuntos de maneira apropriada e em sua verdadeira luz.—Testimonies for the Church 7:132-136 (1902); Testemunhos Selectos 3:136-139.

Folhetos sobre a reforma de saúde

794. Devem-se envidar esforços mais fervorosos para esclarecer o povo acerca do grande tema da reforma de saúde. Folhetos de qua- [462] tro, oito, doze, dezesseis e mais páginas, contendo artigos concisos, bem escritos, sobre esta grande questão, devem ser espalhados quais folhas de outono. — The Review and Herald, 4 de Novembro de 1875. [Pacientes do sanatório devem ser ensinados, em conferências no salão—426] [Aos pacientes do sanatório deve ser ensinado o regime correto, mediante mesa devidamente provida—442-443] [Aos pacientes do sanatório deve ser ensinada a temperança — 474]

Tratar prudentemente a questão da alimentação cárnea

795. Neste país [Austrália] existe uma sociedade vegetariana organizada, mas é relativamente pequeno o número de seus associados. Entre o povo em geral, a carne é usada largamente, por todas as classes. É o artigo de alimentação mais barato; e mesmo onde a pobreza impera encontra-se em geral a carne sobre a mesa. Por isso, tanto maior a necessidade de usar de prudência ao lidar com a questão do comer carne. Com relação a este assunto não deve haver movimentos precipitados. Devemos considerar a situação do povo, e o poder de hábitos e práticas de toda uma vida, e ser cautelosos em não impor aos outros nossas idéias, como se esta questão fosse um teste, e os que comem carne fossem os maiores pecadores. Todos devem ser esclarecidos neste assunto, mas seja ele apresentado cuidadosamente. Hábitos que foram por toda a vida ensinados como sendo corretos, não devem ser mudados por medidas rudes ou precipitadas. Devemos educar o povo em nossas reuniões campais e outras reuniões grandes. Ao mesmo tempo em que são apresentados os princípios da reforma de saúde, seja o ensino apoiado pelo exemplo. Não seja encontrada carne em nossos restaurantes ou tendas de refeições, mas seja ela substituída por frutas, cereais e verduras. Devemos praticar aquilo que ensinamos. Quando assentados a uma mesa onde haja carne, não devemos vibrar um ataque contra os que a usam, mas deixá-la intocada quanto a nós, e se nos perguntarem a razão de assim proceder, devemos de maneira bondosa explicar o motivo de não a usarmos.— Carta 102, 1896.

Tempo para guardar silêncio

796. Nunca julguei ser meu dever dizer que ninguém deveria provar carne, sob quaisquer circunstâncias. Dizer isto, quando o povo [463] tem sido educado a viver de comer carne em tão grande medida, seria levar ao extremo a questão. Nunca senti ser dever meu fazer asserções arrasadoras. O que tenho dito, disse-o sob uma intuição do dever, mas tenho sido cautelosa em minhas afirmações, porque não queria dar ocasião para qualquer pessoa ser consciência para outro. ... Tenho estado a passar, neste país, por uma experiência semelhante à que tive em novos campos na América. Tenho visto famílias cujas circunstâncias não lhes permitiam suprir a mesa com alimento saudável. Vizinhos incrédulos mandavam-lhes porções de carne, de animais mortos recentemente. Faziam sopa dessa carne, suprindo a suas famílias grandes, de muitos filhos, refeições de sopa e pão. Não era meu dever, nem julgo ter sido dever de quem quer que fosse, fazer-lhes conferências sobre os males do comer carne. Sinto sincera comiseração para com famílias que chegaram à fé recentemente, e que se sentem tão premidas pela pobreza que não sabem de onde lhes virá a próxima refeição. Não é meu dever fazer-lhes discursos sobre o comer saudável. Há tempo para falar, e tempo para calar. A oportunidade oferecida por circunstâncias dessa ordem, é oportunidade para falar palavras que animem e abençoem, em vez de condenar e reprovar. Os que têm vivido com regime cárneo toda a vida, não vêem o mal de continuar essa prática, e têm de ser tratados com brandura.—Carta 76, 1895. 797. Conquanto trabalhando contra a glutonaria e a intemperança, necessitamos reconhecer a condição a que está sujeita a família humana. Deus fez provisões para os que vivem nas diversas partes do mundo. Os que desejam ser Seus cooperadores devem refletir maduramente antes de especificar os alimentos que devem ser usados e os que não devem. Cumpre colocar-nos em ligação íntima com as massas. Se a reforma de saúde com todo o seu rigor, for ensinada àqueles cujas circunstâncias não lhes permitem a sua adoção, ter-se-á produzido mais dano do que bem. Quando prego o evangelho aos pobres, sou instruída a dizer-lhes que tomem os alimentos mais nutritivos. Não posso dizer-lhes: “Não deveis comer [464] ovos, nem usar leite ou nata. Não deveis empregar manteiga no preparo de vossos alimentos.” Cumpre que o evangelho seja pregado aos pobres, mas ainda não chegamos ao tempo em que deverá ser prescrito o regime dietético mais rigoroso. — Testimonies for the Church 9:163 (1909).

Método errado de trabalho

798. Não vos apegueis a idéias isoladas fazendo delas um teste, criticando outros cuja prática não concorde com vossa opinião; estudai, porém, ampla e profundamente o assunto, e procurai pôr vossas idéias e práticas em perfeita harmonia com os princípios da verdadeira temperança cristã. Muitos há que procuram corrigir a vida de outros, atacando aquilo que julgam serem hábitos errôneos. Vão ter com os que pensam estar em erro, e apontam-lhes os defeitos, mas não buscam dirigir-lhes a mente para os princípios verdadeiros. Tal procedimento muitas vezes fica muito aquém de conseguir os resultados desejados. Quando tornamos evidente que procuramos corrigir outros, muitas vezes lhes despertamos a combatividade, causando mais dano do que bem. E há esse perigo também para o reprovador. Aquele que toma sobre si a tarefa de corrigir os outros, está sujeito a cultivar um hábito de descobrir faltas, e logo todo o seu interesse estará em procurar defeitos alheios. Não observeis os outros para lhes descobrir senões, para lhes expor os erros. Educai-os em hábitos melhores, mediante o poder de vosso próprio exemplo. Conserve-se sempre em mente que o grande objetivo da reforma de saúde é assegurar o desenvolvimento mais alto possível de espírito, alma e corpo. Todas as leis da Natureza — que são as leis de Deus — destinam-se ao nosso bem. A obediência às mesmas promoverá nossa felicidade nesta vida e nos ajudará no preparo para a vida por vir. Existe algo melhor sobre que falar, do que as faltas e fraquezas alheias. Falai de Deus e de Suas obras maravilhosas. Penetrai as manifestações de Seu amor e sabedoria em todas as obras da Natureza. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 119, 120 (1890).

Ensinai pelo exemplo

799. Em vossa associação com incrédulos, não vos permitais desviar-vos dos retos princípios. Se vos assentais a sua mesa, comei [465] temperantemente, e tão-somente de alimento que não torne confuso o espírito. Mantende-vos afastados da intemperança. Não podeis correr o risco de enfraquecer vossas faculdades mentais ou físicas, para não vos tornardes incapazes de discernir as coisas espirituais. Conservai vossa mente em condição na qual Deus a possa impressionar com as preciosas verdades de Sua Palavra. ... Não observeis os outros para apontar-lhes as faltas ou erros. Ensinai-os pelo exemplo. Seja vossa abnegação e vossa vitória sobre o apetite uma ilustração da obediência aos retos princípios. Testifique vossa vida da santificante e enobrecedora influência da verdade.— Testimonies for the Church 6:336 (1900).

Apresentai a temperança em sua mais atraente forma

800. O Senhor deseja que todo pastor, todo médico, todo membro da igreja, seja cuidadoso para não instar com os que ignoram nossa fé, para que façam mudanças súbitas no regime, sujeitando-os assim a um teste prematuro. Erguei os princípios da reforma de saúde, e deixai que o Senhor guie os sinceros de coração. Eles ouvirão e crerão. O Senhor não requer que Seus mensageiros apresentem as lindas verdades da reforma de saúde de modo que escandalize a mente de outros. Não coloque ninguém pedras de tropeço diante daqueles que caminham nas escuras veredas da ignorância. Mesmo ao louvarmos uma coisa boa, convém não nos tornarmos entusiastas demais, para que não desviemos do caminho os que vêm ouvir-nos. Apresentai os princípios da temperança em sua mais atraente forma. Não devemos agir presunçosamente. Os obreiros que penetram em novos territórios a fim de suscitar igrejas, não devem criar dificuldades tentando tornar preeminente a questão do regime alimentar. Devem ser cautelosos para não traçar limites muito estreitos. Seriam assim lançados impedimentos na vereda de outros. Não fustigueis o povo. Guiai-o. Pregai a Palavra como é em Cristo Jesus. ... Devem os obreiros envidar esforços resolutos e perseverantes, lembrando-se de que nem tudo se pode aprender de uma vez. Devem manter a firme [466] resolução de ensinar o povo pacientemente.—Carta 135, 1902. 801. Não vos lembrais de que temos uma responsabilidade individual? Não fazemos de artigos de alimentação uma questão de teste, mas procuramos educar o intelecto, e despertar a sensibilidade moral para que assimile a reforma de saúde de modo inteligente, de acordo com o que Paulo diz em Romanos 13:8-14; 1 Coríntios 9:24-27; 1 Timóteo 3:8-12. — Manuscrito 1, 1890.

Ide ao encontro do povo onde se acha

802. Certa ocasião Sara [McEnterfer] foi chamada para uma família em Dora Creek, onde todos os membros da casa estavam doentes. O pai pertencia a uma família altamente respeitável, mas dera para beber, e a esposa e os filhos estavam em grande necessidade. Nesse tempo de doença, não tinham em casa coisa alguma apropriada para comer. E recusaram-se a comer tudo que lhes levamos. Estavam acostumados a comer carne. Concluímos que alguma coisa se devia fazer. Eu disse a Sara: Apanhe umas galinhas do meu galinheiro, e prepare-lhes um caldo. Assim Sara os tratou em sua doença, dando-lhes desse caldo. Logo se restabeleceram. Esta foi nossa maneira de proceder. Não dissemos ao povo: Vocês não devem comer carne. Embora nós mesmos não usássemos carne, quando a julgamos necessária àquela família em sua doença, demos-lhe aquilo que julgávamos precisarem. Há ocasiões em que temos de ir ao encontro das pessoas onde se acham. O chefe dessa família era homem inteligente. Quando a família se restabeleceu, abrimos-lhes as Escrituras, e aquele homem se converteu, aceitando a verdade. Atirou fora seu cachimbo, abandonou a bebida, e daí por diante, em toda a sua vida, não mais fumou nem bebeu. Logo que foi possível, tomamo-lo em nosso sítio, provendolhe trabalho na terra. Enquanto estávamos fora, assistindo a reuniões em Newcastle, esse homem morreu. Alguns de nossos obreiros lhe haviam ministrado tratamentos completos, mas o corpo, por tanto tempo abusado, não mais correspondeu aos seus esforços. Morreu, porém, como cristão e observador dos mandamentos. — Carta 363, 1907. [467]

Defrontando pontos de vista extremos—Uma afirmaçãohistórica*

803. Quando voltamos de Kansas, no outono de 1870, o irmão B estava, em sua casa, doente com febre. ... Seu caso era grave. ... Não houve para nós período de descanso, por muito que disso necessitássemos. Deviam ser publicados a Review, o Reformer e o Instructor. [Nessa ocasião todos os redatores estavam doentes.]... Meu marido começou seu trabalho e eu o ajudei quanto pude. ... O Reformer estava a bem dizer morto. O irmão B insistira nos pontos de vista extremos do Dr. Trall. Isto influíra no doutor, para se externar no Reformer de modo mais radical, quanto a deixar o uso do leite, açúcar e sal. A atitude de dever-se abandonar inteiramente o uso desses artigos pode estar certa, a seu tempo; mas não viera ainda a ocasião de assumir uma atitude geral quanto a esses pontos. E os que assumem essa posição, advogando o completo abandono do leite, manteiga e açúcar, devem afastar de sua própria mesa essas coisas. O irmão B, mesmo enquanto se punha ao lado do Reformer, com o Dr. Trall, quanto a terem efeito nocivo o sal, leite e açúcar, não praticava aquilo que ensinava. Sobre sua própria mesa esses artigos eram usados diariamente. Muitos dentre nosso povo haviam perdido o interesse no Reformer, e recebiam-se diariamente cartas com este pedido desencorajador: “Queiram cancelar minha assinatura do Reformer.”... Em nenhum lugar do Oeste pudemos despertar interesse no sentido de obter assinaturas do Health Reformer. Vimos que os colaboradores do Reformer se afastavam do povo, deixando-o atrás. Se desposamos opiniões que os cristãos conscienciosos, que são de fato reformado- *Para uma afirmação colateral, de Tiago White, ver Apêndice 2. res, não podem adotar, como esperar beneficiar a classe de pessoas [468] que só podemos alcançar no terreno da saúde? Paciência, cautela e coerência são necessários na ação da reforma Não devemos ir mais depressa do que nos possam acompanhar aqueles cuja consciência e intelecto estão convencidos das verdades que advogamos. Temos de ir ao encontro do povo onde se acha. Alguns dentre nós levaram muitos anos para chegar à posição em que se encontram agora, na questão da reforma de saúde. É obra lenta, efetuar uma reforma no regime. Temos poderosos apetites a defrontar; porque o mundo é dado à glutonaria. Se concedêssemos ao povo tanto tempo quanto nós necessitamos para alcançar o progressista estado presente na reforma, seríamos muito pacientes com eles, e lhes permitiríamos que avançassem passo a passo, como fizemos nós, até que seus pés estivessem firmemente estabelecidos na plataforma da reforma de saúde. Devemos, porém, ser muito cautelosos para não avançar muito depressa, para que não sejamos obrigados a voltar atrás. Em matéria de reformas, é melhor ficar um passo aquém da meta do que avançar um passo para além. E se houver erro, seja então do lado mais chegado ao povo. Acima de todas as coisas, não devemos defender com a pena posições que não ponhamos a uma prova prática em nossa própria família, em nossas próprias mesas. Isso seria uma dissimulação, uma espécie de hipocrisia. No Michigan podemos passar melhor sem sal, açúcar e leite do que muitos que moram no Extremo Ocidente ou no Extremo Oriente,* onde há escassez de frutas. ... Sabemos que o livre uso desses artigos é positivamente nocivo à saúde, e em muitos casos pensamos que, se não fossem usados absolutamente, gozar-se-ia muito melhor estado de saúde. Mas no presente nossa preocupação não é em relação a essas coisas. O povo está tão atrasado que vemos que, tudo que podem suportar agora é que os esclareçamos quanto às condescendências nocivas e os estimulantes narcóticos. Apresentamos positivo testemunho contra o fumo, as bebidas alcoólicas, rapé, chá, café, alimentos cárneos, manteiga, condimentos, bolos requintados, pastéis de *Dos Estados Unidos. carne, excesso de sal, e todas as substâncias excitantes usadas como alimento. Se, aproximando-nos de pessoas que não foram esclarecidas em relação à reforma de saúde, lhes apresentarmos a princípio as atitudes mais radicais, há perigo de se desanimarem ao verem quanto têm [469] que renunciar, de maneira que não farão esforços para reformar-se. Temos de guiar o povo ao longo do caminho paciente e gradualmente, lembrados da profundeza do abismo de que fomos alçados. — Testimonies for the Church 3:18-21 (1870).

Parte 3— Escolas de culinária

Obra de suma importância

804. Onde quer que seja levada a efeito obra médico-missionária em nossas cidades grandes, devem ser mantidas escolas de culinária; e onde quer que esteja em processo uma forte campanha educacional missionária, deve estabelecer-se alguma espécie de restaurante vegetariano, que dê uma ilustração prática da devida seleção de alimentos e seu preparo saudável. — Testimonies for the Church 7:55 (1902). 805. Devem-se estabelecer escolas culinárias. Devemos ensinar o povo a preparar alimento saudável. É preciso mostrar-lhes a necessidade de abandonar alimentos nocivos. Mas nunca deveríamos advogar um regime que nos faça padecer fome. É possível ter um regime são, nutritivo, sem o emprego de café, chá e carne. A obra de ensinar o povo a preparar um sistema alimentar que seja ao mesmo tempo saudável e apetecível, é da maior importância.—Testimonies for the Church 9:112 (1909); Steps to Christ, 139. 806. Algumas pessoas, depois de adotarem regime vegetariano, voltam ao uso da alimentação cárnea. Isso é grande insensatez, e revela falta de conhecimento da maneira de prover o alimento que substitui a carne. Escolas culinárias, dirigidas por instrutores peritos, deverão ser instaladas na América [do Norte] e noutras terras. Tudo quanto nos for possível fazer, deverá ser feito, para mostrar ao povo o valor da reforma do regime alimentar.—Testimonies for the Church 7:126 (1902); Testemunhos Selectos 3:134. 807. A reforma dietética deve ser progressiva. À medida que as doenças aumentam nos animais, o emprego de leite e ovos se tornará cada vez menos livre de perigo. Deve-se fazer um esforço [470] para os substituir com outras coisas que sejam saudáveis e pouco dispendiosas. O povo de toda parte deve ser ensinado a cozinhar sem leite e ovos, isto o quanto possível, fazendo não obstante comida sã e apetecível.— A Ciência do Bom Viver, 320, 321 (1905). 808. Os que se podem prevalecer das vantagens de escolas de culinária devidamente dirigidas e higiênicas, acharão isso um grande benefício, tanto em sua própria prática como em ensinar os outros. — Christian Temperance and Bible Hygiene, 119 (1890). Em cada igreja, escola primária e campo missionário 809. Toda igreja deve ser uma escola missionária para obreiros cristãos. Seus membros devem ser instruídos em dar estudos bíblicos, em dirigir e ensinar classes da Escola Sabatina, na melhor maneira de auxiliar os pobres e cuidar dos doentes, de trabalhar pelos inconversos. Deve haver escolas de saúde, de arte culinária, e classes em vários ramos de serviço no auxílio cristão. Não somente deve haver ensino, mas trabalho real, sob a direção de instrutores experientes.—A Ciência do Bom Viver, 149 (1905). 810. Cada restaurante vegetariano deve ser uma escola para os obreiros a ele ligados. Nas cidades este ramo de trabalho pode ser levado a efeito em escala muito maior do que nas localidades pequenas. Mas em toda parte onde exista uma igreja e uma escola primária, devem-se dar instruções acerca do preparo de alimentos simples e saudáveis, para uso dos que desejam viver de acordo com os princípios da reforma de saúde. E em todos os nossos campos missionários pode ser feita obra semelhante. A obra de combinar frutas, sementes, cereais e tubérculos, compondo alimentos saudáveis, é obra do Senhor. Em todo lugar onde se tenha estabelecido uma igreja, andem os seus membros humildemente diante de Deus. Procurem esclarecer o povo quanto aos princípios da reforma de saúde.— Manuscrito 79, 1900.

Seu lugar devido

811. Nossas reuniões campais devem, o quanto possível, ser dedicadas a interesses espirituais. ... Os assuntos administrativos [471] devem ser tratados pelos que são especialmente designados para isso. E, o quanto possível, devem ser apresentados ao povo em outras ocasiões, e não nas reuniões campais. Instruções relativamente à colportagem, à obra da Escola Sabatina e às minúcias do trabalho missionário e com folhetos, devem ser dadas nas igrejas locais, ou em reuniões especialmente designadas. O mesmo quanto às classes culinárias. Se bem que estas sejam boas em seu devido lugar, não devem ocupar o tempo de nossas reuniões campais. — Testimonies for the Church 6:44, 45 (1900).

Agente reformador

812. Escolas de culinária devem ser fundadas em muitos lugares. Pode esta obra começar de modo humilde, mas à medida que cozinheiras inteligentes fizerem o melhor possível para esclarecer os outros, o Senhor lhes dará habilidade e compreensão. A palavra do Senhor é: “Não lho proibais, pois Eu Me revelarei a eles como seu instrutor.” Ele trabalhará com aqueles que executarem Seus planos, ensinando ao povo a maneira de efetuar uma reforma em seu regime mediante o preparo de alimento saudável e não dispendioso. Assim os pobres serão animados a adotar os princípios da reforma de saúde; serão ajudados a tornarem-se industriosos e confiantes. Foi-me mostrado que homens e mulheres capazes eram ensinados por Deus a como preparar de modo aceitável alimentos saudáveis e de agradável paladar. Muitos deles eram jovens, e havia também os de idade madura. Fui instruída a animar a fundação de escolas de culinária em todas as partes onde está sendo feito trabalho médicomissionário. Todo incentivo para levar o povo a reformar-se deve ser-lhes apresentado. Deixai que brilhe sobre eles toda a luz possível. Ensinai-os a melhorar o máximo possível o preparo do alimento, e animai-os a comunicar aos outros aquilo que aprendem. Não devemos fazer tudo que está em nosso poder para promover a obra em todas as nossas cidades grandes? Milhares de milhares que vivem perto de nós carecem de auxílio de várias maneiras. Lembremse os ministros do Evangelho de que o Senhor Jesus Cristo disse aos Seus discípulos: “Vós sois a luz do mundo: não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte.” “Vós sois o sal da Terra; [472] e se o sal for insípido, com que se há de salgar?” Mateus 5:14, 13. — Testimonies for the Church 7:113, 114 (1902).

Ensinando de casa em casa

813. Por que as entradas da alma foram fechadas pelo tirano Preconceito, muitos ignoram os princípios do viver saudável. Bom serviço pode ser prestado ensinando o povo a preparar alimento saudável. Este ramo de trabalho é tão necessário como qualquer outro que se pudesse empreender. Mais escolas de culinária devem ser fundadas, e alguns devem trabalhar de casa em casa, dando instruções na arte de cozinhar alimentos saudáveis. Muitos, muitos serão salvos da degenerescência física, mental e moral mediante a reforma de saúde. Estes princípios por si se recomendarão aos que estão a buscar a luz; e estes avançarão desse ponto, até receberem a verdade completa para o tempo atual. Deus quer que Seu povo receba para comunicar aos outros. Como testemunhas imparciais e altruístas, devem dar aos outros aquilo que o Senhor lhes deu a eles. E ao iniciardes este trabalho e, por quaisquer meios em vosso poder, buscardes alcançar corações, tende o cuidado de trabalhar de modo a remover o preconceito, em vez de criá-lo. Fazei da vida de Cristo vosso estudo constante, e trabalhai como Ele trabalhava, seguindo o Seu exemplo.—The Review and Herald, 6 de Junho de 1912. Ensinando a reforma do regime em reuniões de feriados e recreações especiais 814. Quando pela primeira vez nos veio a luz da reforma de saúde, costumávamos, em ocasiões de feriados, levar fogões aos lugares onde se reunia o povo, e ali mesmo assávamos pão não levedado — broinhas e roscas. E penso que foi bom o resultado de nossos esforços, embora, naturalmente, não possuíssemos os preparados de alimento saudável que possuímos hoje. Naquele tempo começávamos a aprender a viver sem o uso da carne. Algumas vezes dirigíamos reuniões de entretenimento, e tomávamos muito cuidado para que tudo que preparávamos para a mesa [473] fosse de bom paladar e servido de maneira atraente. No tempo das frutas apanhávamos murtas e framboesas, e morangos, diretamente das plantas. Fazíamos da mesa posta uma lição objetiva que mostrava aos presentes que nosso regime, embora de acordo com os princípios da reforma de saúde, estava longe de ser escasso. Às vezes proferia-se uma breve palestra sobre temperança, em conexão com essas reuniões de entretenimento, e assim o povo se familiarizava com os nossos princípios de vida. Tanto quanto saibamos, todos apreciavam isso, e todos recebiam esclarecimentos. Sempre tínhamos algo a dizer acerca da necessidade de prover alimento saudável e de prepará-lo de modo simples, e todavia torná-lo agradável e apetitoso, de maneira a satisfazer os participantes. O mundo está saturado de tentações para condescender com o apetite, e palavras de advertência, sinceras e precisas, têm causado maravilhosas transformações em famílias e em indivíduos. — Carta 166, 1903.

Oportunidades e perigos de nossos restaurantes

815. Foi-nos também dada instrução de que nas cidades haveria oportunidade de fazer uma obra semelhante à que efetuamos no local da feira de Battle Creek. Em harmonia com esse esclarecimento, têmse fundado restaurantes vegetarianos. Há, porém, grave perigo de que os nossos obreiros de restaurante se tornem tão possuídos do espírito de comercialismo que deixem de comunicar a luz de que o povo precisa. Nossos restaurantes nos põem em contato com muita gente, mas se permitirmos que nosso espírito se enleve com o pensamento do lucro financeiro, deixaremos de cumprir o propósito de Deus. Deseja Ele que aproveitemos toda oportunidade para apresentar a verdade que há de salvar homens e mulheres da morte eterna. Tenho procurado descobrir quantas almas se têm convertido à verdade em resultado da obra de restaurante aqui em _____. Alguns talvez tenham sido salvos, mas muitos mais se poderiam ter convertido a Deus se tivessem sido envidados todos os esforços para levar a efeito a obra segundo o propósito de Deus, e para fazer brilhar a luz na vereda dos outros. [474] Desejo dizer aos obreiros ligados ao restaurante: Não continueis trabalhando como tendes feito. Procurai tornar o restaurante um meio de comunicar aos outros a luz da verdade presente. Para este propósito, unicamente, têm sido estabelecidos nossos restaurantes. ...Os obreiros do restaurante de _____ e os membros da igreja de _____ precisam converter-se cabalmente. A cada qual foi dado o talento do intelecto. Recebestes poder para prevalecer com Deus? “A todos quantos O receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus; aos que crêem no Seu nome.” — Manuscrito 27, 1906. Tato e discrição, necessários aos educadores 816. Para educar o povo nos princípios da reforma de saúde, é mister que se façam maiores esforços. Importa fundar escolas culinárias e instruir o povo, de casa em casa, quanto aos meios de preparar alimentos saudáveis. Todos, velhos e moços, devem aprender a cozinhar com maior simplicidade. Onde quer que a verdade seja apresentada, o povo deverá aprender a preparar alimentos de modo simples e apetitoso. Cumpre mostrar-lhe como é possível seguir regime alimentar completo sem lançar mão dos alimentos animais. ... Muito cuidado e habilidade devem ser empregados na preparação dos alimentos destinados a substituir os que antigamente constituíam o regime alimentar dos que agora estão aprendendo a ser reformadores. Para esse fim requer-se fé em Deus, firmeza de propósito e o desejo de promover o auxílio mútuo. Um regime que deixa de fornecer os elementos próprios da nutrição acarreta o opróbrio da causa da reforma de saúde. Somos mortais e temos que prover o alimento próprio para o corpo.— Testemunhos Selectos 3:361 (1909).

Aulas de arte culinária em todas as nossas escolas

817. Em todas as nossas escolas deve haver quem esteja habilitado a ensinar a cozinhar. Deve haver aulas de instrução nessa [475] matéria. Os que estão recebendo o preparo para o serviço sofrem grande perda se não adquirem conhecimento sobre como preparar alimento de modo que seja saudável e saboroso ao mesmo tempo. A ciência de cozinhar não é coisa de pouca importância. O hábil preparo do alimento é uma das artes mais necessárias. Deve ser considerada como das mais valiosas de todas as artes, porque se acha tão intimamente relacionada com a vida. Tanto a força física como a mental dependem em grande parte do alimento que comemos; por isso, aquele que prepara o alimento ocupa posição importante e elevada. Tanto aos moços como às moças deve ser ensinado a como cozinhar economicamente, dispensando tudo que seja alimento cárneo. Não se anime o preparo de pratos compostos, em qualquer proporção, de alimento cárneo, pois este aponta para as trevas e ignorância do Egito, e não à pureza da reforma de saúde. As mulheres, especialmente, devem aprender a cozinhar. Que parte da educação de uma jovem é tão importante como esta? Quaisquer que sejam suas circunstâncias na vida, aí está o conhecimento que ela pode pôr em uso prático. É um ramo da educação que tem influência muito direta sobre a saúde e a felicidade. Há religião prática num bom pão. — Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, 312, 313 (1913). 818. Virão à escola muitos jovens com o desejo de obter preparo no sentido industrial. A instrução nesse ramo deve incluir escrituração mercantil, carpintaria, e tudo quanto diz respeito a agricultura. Devem-se fazer também preparativos para ensinar ferraria, pintura, arte culinária, fazer sapatos, padaria, lavanderia, consertos de roupa, datilografia e impressão. Toda energia de que dispusermos deve ser posta nessa obra de preparo, a fim de que saiam alunos preparados para os deveres da vida prática.—Testimonies for the Church 6:182 (1900); Testemunhos Selectos 2:448. 819. Em ligação com os nossos sanatórios e escolas deve haver escolas de culinária, onde se ministre instrução sobre o adequado preparo de alimento. Em todas as nossas escolas deve haver os que estejam habilitados a educar os estudantes, tanto homens como mulheres, na arte de cozinhar. As mulheres, especialmente, devem aprender a cozinhar. — Manuscrito 95, 1901. [476] 820. Aos estudantes de nossas escolas deve ser ensinado o cozinhar. Ponha-se tato e habilidade neste ramo da educação. Com todo o engano da injustiça está Satanás operando para volver os pés da juventude para veredas de tentação, que levem à ruína. Temos de fortalecê-los e ajudá-los a resistirem às tentações que terão de defrontar por todos os lados, relativas à condescendência com o apetite. Ensinar-lhes a ciência do viver saudável é fazer trabalho missionário para o Mestre.—Testimonies for the Church 7:113. 821. O ensino manual merece muito mais atenção do que tem recebido. Devem-se estabelecer escolas que, em acréscimo à mais elevada cultura intelectual e moral, provejam as melhores possibilidades para o desenvolvimento físico e educação industrial. Deve-se ministrar instrução em agricultura, manufaturas, abrangendo tantos dos seus mais úteis ramos quanto possível; bem como em economia doméstica, arte culinária saudável, costura, confecção de roupas saudáveis, tratamentos de doentes, e coisas correlatas. — Educação, 218 (1903).

Fidelidade nos deveres comuns

822. Muitos ramos de estudo que consomem o tempo do estudante, não são essenciais à utilidade ou felicidade; entretanto é essencial a todo jovem familiarizar-se completamente com os deveres de cada dia. Sendo necessário, uma jovem pode dispensar os conhecimentos de francês e álgebra, ou mesmo de piano; mas é indispensável que aprenda a preparar bom pão, confeccionar vestidos graciosamente adaptados, e executar eficientemente os muitos deveres atinentes ao lar. Nada é de maior importância para a saúde e felicidade da família toda do que habilidade e inteligência por parte de quem cozinha. Pelo alimento mal preparado e insalubre, pode-se impedir e mesmo arruinar não somente a utilidade dos adultos como também o desenvolvimento das crianças. Provendo, porém, alimento adaptado às necessidades do corpo, e ao mesmo tempo apetitoso e saboroso, [477] poderá fazer tanto no sentido bom, quanto faria em direção errada, agindo contrariamente. Assim, de muitas maneiras, a felicidade da vida liga-se à fidelidade para com os deveres comuns. Visto como os homens, bem como as mulheres, têm parte na constituição do lar, tanto os rapazes como as moças devem obter conhecimento dos deveres domésticos. Fazer a cama e arranjar o quarto, lavar a louça, preparar a comida, lavar e consertar sua própria roupa, são conhecimentos que não tornarão um rapaz menos varonil; torná-lo-ão mais feliz e mais útil.— Educação, 216 (1903). [Toda mulher deve tornar-se senhora da arte culinária—385] [Importante e elevada posição da cozinheira—371] [Devem ser feitas demonstrações de culinária em reuniões campais— 763 e 764] [478] [O povo deve ser ensinado a usar produtos locais — 376 e 407]